tag:blogger.com,1999:blog-83611778691743632982024-03-05T11:06:37.312-08:00Texto à volta da performanceencontros à volta da performancehttp://www.blogger.com/profile/09378756741431098909noreply@blogger.comBlogger8125tag:blogger.com,1999:blog-8361177869174363298.post-9306330626217054422010-10-11T09:34:00.000-07:002010-10-11T09:42:31.123-07:00APOIO AO TURISMO DE INTERVENÇÃO / Nuno Oliveira<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisdXxheEDm8Y5EoxTumBxydrk3MiDeiQBlcITbdeWbYHMDTg-ROprMv9brTP5vk4Xt8mOdImBrwqNjXcpcXwX_2lUj0SWy54O2oZEo4FTd0iKl8CMuMMvHH1b-aOXZbk0dPf3BTnI5Xb24/s1600/Nuno+Oliveira.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 199px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisdXxheEDm8Y5EoxTumBxydrk3MiDeiQBlcITbdeWbYHMDTg-ROprMv9brTP5vk4Xt8mOdImBrwqNjXcpcXwX_2lUj0SWy54O2oZEo4FTd0iKl8CMuMMvHH1b-aOXZbk0dPf3BTnI5Xb24/s200/Nuno+Oliveira.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5526829762857675554" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">Fundo poético do projecto:</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Visa-se criar uma rede mundial de Turistas Interventivos (TI´s) que se impliquem nos lugares de passagem e não os deixem incólumes, que não se limitem ás trocas comerciais propostas, mas que através da intervenção local se configure uma nova ordem mundial de estar, uma verdadeira situação de pessoas supranacional em diáspora implicada a nível global.</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Globalmente com uma localidade abrangente... com um enraizamento aumentado da família de nascimento, a uma família encontrada.</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Assim propomo-nos organizar e incentivar um intercâmbio constante de Turistas Interventivos (e espaços de intervenção), assim como uma compilação de material de pesquisa/registo destes transeuntes; estas pessoas que para além do interesse em conhecerem novas paragens queiram deixar a sua marca nos locais por onde passam.</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">(Optámos por este nome para o projecto “turismo de intervenção” porque nos parece de maior interesse um trabalho de salvaguarda e ironia face ás dificuldades de existência do “pulmão criativo, inventivo” na sociedade.</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Sendo que para nós é importante, agora, não estar a construir um discurso utópico positivo, dos falsos mundos libertos, da pós-modernidade.</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Interessa-nos mais configurar, assim, a autocrítica da “arte”, da banalização do seu discurso crítico, da banalização do discurso alternativo, através da ideia que nos propomos desenvolver de “turismo de intervenção”.)</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Antecedentes e organização das ideias de trabalho:</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Interessa-nos continuar a desenvolver e a propor em Lisboa um espaço da acção plástica, da crítica interventiva: sobre o próprio espaço das artes plásticas, sobre o espaço público destas; sobre a questão do ambiente sacralizado das artes, de como em muitos casos dificulta que a vivência destas seja abrangente.</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Neste sentido entendemos que através de um melhor entendimento da intervenção, do papel autonómico que o cunho da autoria proporciona nos próprios contextos, como radicalidade e pessoalidade, também se melhora o funcionamento dos sistemas artísticos e da sua relação com o público, que mais directamente percebe o papel que a expressão artística adquire e propõem no seu quotidiano.</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Neste sentido interessa-nos com este projecto incentivar e criar, optimizar, redes de trabalho, em volta de propostas de intervenção, no espaço quotidiano urbano de Lisboa.</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Este pedido de apoio insere-se na possibilidade de viabilizar o projecto que temos vindo a trabalhar, de intercâmbios de grupos de artístas, residências e construção de eventos.</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Tem-nos interessado criar espaços que pensam a convivência, a interferência, o debate, nos processos de construção, assumidos como acção reflexiva, uma plástica, em que através de uma maior interacção entre pessoas se possa criar espaços de maior risco na investigação de atitudes.</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">No caso de Lisboa sentimos falta de um projecto que tente congregar esforços no sentido de localizar, e reflectir sobre uma rede de pessoas que aqui existem e que na maior parte das vezes trabalham isoladas, um projecto que traga pessoas de fora e proponha uma interacção, trocar processos, multiplicar a experiência e a abordagem da plástica, face ao social, ao quotidiano, à cultura.</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Nós como grupo estamos em contacto como uma rede de pessoas que funciona através da auto-organização, que os próprios artistas gestores viabilizam agenciando-se com instituições e procurando a possibilidade de existência de: encontros internacionais de Performance, de Poesia e experimentação sonora, entre outras propostas que concorrem para a criação de territórios nómadas.</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Estes centros matêm viva uma certa ideologia estética de foco existencial e efémero na plástica a contra sentido do hegemónico foco da ideia de “arte” na história de objectos e o seu comércio.</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Interessa-nos trabalhar também com esta rede mundial de pessoas, não nos interessa porem fixar este projecto num manifesto da postura efémera da performance, contra as posturas fixas institucionais, mas antes manter uma atenção à postura interventiva dos indivíduos nas estruturas institucionais, nos campos que se fixam.</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Pois parece-nos que a questão dos campos fixos, instituídos, tem que ser analisada de maneira complexa porque se por um lado esses campos criam problemas aos indivíduos, porque fixam o campo da expressão, por outro lado também lhe dão uma possibilidade de existir, comunicar.</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Focamos assim o trabalho a realizar nesta atenção à capacidade interventiva, seja qual for o sistema onde se insere, mais conservador ou mais radical.</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">É nesta linha de trabalho que nos interessa seguir todo o projecto, entre uma certa postura dessacralizante, mais existencial e efémera na expressão artística, “turística” e a atenção à tenção entre a fixação dos campos, do instituído e a capacidade de autonomia, de autoria, “intervenção” sobre o mesmo.</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">O que queremos organizar na prática:</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Excursões de Performance. Organização de residências e convívios vários para turistas de intervenção. Eventos de mostra de intervenção.</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">A criação de uma Revista da Moda: O guia do turísta interventivo.</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">APELAMOS A UMA MUDANÇA PROFUNDA DE MENTALIDADE GLOBAL REFERENTE À IDEIA DE TURISMO PARA SE PUDER MUDAR TAMBÉM O COMERCIO E A ECONOMIA À VOLTA DESTE E DESTA FORMA NOS SENTIRMOS SEMPRE EM CASA E AO MESMO TEMPO SEMPRE EM VIAGEM DE PASSEIO</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span lang="PT" style=" ;font-family:Times;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Nuno Oliveira</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span lang="PT"></span></span><span lang="PT" style=" ;font-family:Times;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Saturday, January 28, 2</span></span><span lang="PT" style=" ;font-family:Times;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">006</span></span></p><!--EndFragment-->encontros à volta da performancehttp://www.blogger.com/profile/09378756741431098909noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8361177869174363298.post-33261904851583685872010-06-22T17:28:00.000-07:002010-06-22T17:57:25.018-07:00Boris Nieslony / Live Art – an Approximation<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuaXSdDYjAgPHZRV-PvuaTe_7NEy-twtDfL2evFiCHwy06b0sU5_Rzy2FqYAFhoWjQvg7D_Ejw69zq4ncdQZf0SNTacVXmLxETl-M4pS-wnZ5DKdJlW-mdXuHDJyJXqTFYtscIlNK7JGtp/s1600/Boris+Nieslony.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuaXSdDYjAgPHZRV-PvuaTe_7NEy-twtDfL2evFiCHwy06b0sU5_Rzy2FqYAFhoWjQvg7D_Ejw69zq4ncdQZf0SNTacVXmLxETl-M4pS-wnZ5DKdJlW-mdXuHDJyJXqTFYtscIlNK7JGtp/s320/Boris+Nieslony.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5485766820842017746" /></a><br /><br /><p style="margin: 0.0px 0.0px 0.0px 0.0px; font: 18.0px Helvetica">Live Art – an Approximation</p> <p style="margin: 0.0px 0.0px 0.0px 0.0px; font: 12.0px Helvetica">by Boris Nieslony</p><p style="margin: 0.0px 0.0px 0.0px 0.0px; font: 12.0px Helvetica"><br /></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">During the 70ies of the last decade, more then dramatic encounters among the </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">"Aktionskünstlern" (action artists), within the fields of dance and theater alike within the cultural </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">landscape on the one hand while on the other hand in institutions and organizations the thoughts </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">correlating to "Intermedia" and the active "Inter the Disciplines" with capacious sustainability </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">were brought up and manifested.</span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;"><br /></span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Not just another new idea, but did this upcoming thoughts nevertheless need up to date, </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">adequate terms, terms, that defined and characterized the difference and differentiation counter </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">parting the "old" terms, here to mention for example Body Art, Fluxus, Happening (as understood </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">by A. Kaprow) and "Aktionskunst" (action-art) while being even more important, to clarify the </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">transformation and transgression from system-immanent structures into "open fields and </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">spheres of action".</span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;"><br /></span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Fluxus, Body Art and Happening recently establish themselves as art historic categories and art </span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">scientifically characterized to be tightly delimited, formal styles. The reprocessing of Performance </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">Art started hesitantly in the 90ies, for example via the book by Marvin Carlson "Performance A </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">Critical Introduction". But by the end of the 90ies, already more then 160 variations with their </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">very own specific art cultural genesis could be specified within the terminological context of </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">Performance and Performance Art.</span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;"><br /></span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Human in space and his surrounding, his community and how he moves pacting and impacting, </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">draws a net, where noveau (inter-) net-ideas are tensioning anew and pluriversally differentiated.</span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;"><br /></span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Live Art originated in the mid 80ies in Great Britain. The first and very essential difference </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">between the Live Art and the classic, traditional "Aktionskünsten" (action-arts) can be defined by </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">Live Art not understood or manifesting any stylistic categories terminologies, but to serve as a </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">strategic term. (Though some more traditional artists can be found that nevertheless characterize </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">their syllogistic criteria to be Live Art.)</span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;"><br /></span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Strategic here to be understood, that artistically activities were to be executed throughout all </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">pluriversal disciplines into another cultural praxis. An artistic work realized in the field of Live Art </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">implies - apart from the necessary competence of the participants - of course the affirmation of </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">the retaliator concerning the aimed and envisioned work and additionally, being a participator, its </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">impact onto inter-social processes.</span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;"><br /></span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">The Identity of the author was furthermore ascertained new and differentiated. The author was </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">not only the artist, but additionally pacifistically trained for that very profession, experts originated </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">into the difference and simultaneously into appearance. A consequence of the newly arising </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">network-thinking into wider fields of consciousness of the population.</span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">This does not mean, that classic media became obsolete, thus it means, that the room for </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">monoevre is expanded immensely, that the freedom of action between persons is no longer </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">hierarchic, but liquid, transparent, interfused and inter-correlated.</span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Live Art allows and encourages strategies, to show a variety of identities, to make them visible, </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">Live Art presents phenomena on the fringe and phenomena "off the beaten tracks" and catapults </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">them into the light. Live Art can be defined to be the very strategy for all "Encountering of </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">Difference"</span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Live Art integrates. Live Art is the megaphone for disparate activities, a megaphone for </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">minorities and endows identities. In USA and Canada the big chance was offered and taken up </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">upon, to have indigenous minorities perform. In England the minorities from the former colonies </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">manifested and established their very own forum and intercultural worlds expanded and</span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">pluriversed under this shield. </span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"></span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">"Gender, Queer and Camp" and their specific and characteristic pluriversal life forms became </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">visible.</span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">In the field of Live Art participatory processes are unmisunderstandably integrated, alike </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">interferences and interventions within and into the "public space" aka into society. Live Art</span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">understands itself to be an integral part of live processes, more then humane and communicative </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">chararcteristica.</span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Live Art "is" genuine "The Encounter".</span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><br /></span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 14px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Space/versus/Place in the Live Art</span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 14px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><br /></span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">About the argumentation, that the thoughts - ideas - terms - would "contain" something, to say </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">"good - by" to any understanding of this "container-concept" and paradigm. The conjoining is at </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">the same time the permutating into any social perceivable place, which is experiencable to be a </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">social field and accordingly an atmosphere.</span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Live Art is the very place for collective meetings, where humans, animals and social goods can </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">be seen as a part of the whole field - the "field, where one finds oneself to be" - "the being within </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">a place" aka "transforming into that place" - by a singular person - the "being permeable for the </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">place" and finding oneself lost "with/in" everything defining and creating that specific place.</span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Interactions in the field of Live Art are seen to open up spaces and to be conducted in one place.</span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">This for example manifested in the "Aktionärs-Hauptversammlung" of the Daimler Benz AG, a </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">project by Rimini-Protokoll or to mention the project „Schwarzmarkt für nützliches Wissen und </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">Nicht-Wissen“by Hannah Hurtzig.</span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;"><br /></span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 14px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Time wise Limitations, the Temporary and the Ephemeral within the Field of </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">Live Art.</span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 14px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;"><br /></span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Most of the projects acknowledged in the field of Live Art are temporarily delimited presentations.</span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Per definitionem, they do not aim at any products (painting, sculpture) and no productions </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">(theater, dance). (Whereas many theater- and dance-companies can be referred to, that works in </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">the field of Live Art).</span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">The special focus is mainly concentrated onto the communicative processes between human, </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">object, structure, community and the social event. The processes do by all means use </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">materialistic media, but stringently do impact during these processes the immaterial, time-based </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">media. (Time Based Art)</span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Temporary processes can expand to years and ephemeral processes can flash up within the </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">vanishing of a twinkling wink.</span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">The Greek agora can serve as a model of the immaterial between humans. Live Art serves as </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">"The Model of the Models" - generated.</span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Each impacting work in the field of Live Art poses the question to every artist involved in creating </span><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:medium;">the work, to be exact, the more then discomforting question: Where exactly are you standing?</span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Right here and now?</span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 11px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><br /></span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 9px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Text: Boris Nieslony, 2010</span></p> <p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 9px/normal Helvetica; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 9px/normal Helvetica; "><a href="http://performancelogia.blogspot.com/2007/04/boris-nieslony-ma.html"><i><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;">http://performancelogia.blogspot.com/2007/04/boris-nieslony-ma.html</span></span></i></a></p>encontros à volta da performancehttp://www.blogger.com/profile/09378756741431098909noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8361177869174363298.post-32936517191623318702010-01-25T05:05:00.000-08:002010-01-25T05:25:23.117-08:00Fernando Aguiar - GLOBALIZAÇÃO & INTERACÇÃO<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhVnq6PL4lQoJ5ChhOn3KNO9OPm-Zj9JkX9z9MhrYIM7Tx3c4G01v4ngqMI8JCc4VVnLJ2yMNxiHgOAr-wwz6EAU8zdKbkMYXOEHqZGeMlnrm_Wu22oJ4suX13bgryo398_85LmU3h_EvR/s1600-h/fernando_aguiar8+(B%26W).jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 236px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhVnq6PL4lQoJ5ChhOn3KNO9OPm-Zj9JkX9z9MhrYIM7Tx3c4G01v4ngqMI8JCc4VVnLJ2yMNxiHgOAr-wwz6EAU8zdKbkMYXOEHqZGeMlnrm_Wu22oJ4suX13bgryo398_85LmU3h_EvR/s320/fernando_aguiar8+(B%26W).jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5430663681610173986" /></a><div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhVnq6PL4lQoJ5ChhOn3KNO9OPm-Zj9JkX9z9MhrYIM7Tx3c4G01v4ngqMI8JCc4VVnLJ2yMNxiHgOAr-wwz6EAU8zdKbkMYXOEHqZGeMlnrm_Wu22oJ4suX13bgryo398_85LmU3h_EvR/s1600-h/fernando_aguiar8+(B%26W).jpg"></a><div><span class="Apple-style-span" style=" white-space: pre; font-family:'Lucida Grande';"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:large;">Fernando Aguiar </span><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">(Portugal)</span></span></div><div><b><i><p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right: 7.1pt; text-align: left; "><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal; font-weight: normal; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'Lucida Grande', serif;"><span class="Apple-style-span" style=" white-space: pre; "><span class="Apple-style-span" style=" white-space: normal; font-family:Arial, sans-serif;"><span><a href="http://ocontrariodotempo.blogspot.com/" target="_blank"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">http://ocontrariodotempo.</span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><wbr>blogspot.com/</span></span></a></span><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br /></span></span><span><a href="http://fernando-aguiar.blogspot.com/" target="_blank"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">http://fernando-aguiar.</span></span></a><a href="http://fernando-aguiar.blogspot.com/" target="_blank"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><wbr>blogspot.com/</span></span></a></span></span></span></span></span></p></i></b></div><!--StartFragment--> <p class="MsoBodyTextIndent" align="left" style="text-align:left"><span lang="PT"><b>GLOBALIZAÇÃO & INTERACÇÃO </b><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" align="left" style="text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: bold; ">1. GLOBALIZAÇÃO<span style="mso-spacerun: yes"> </span></span></span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" align="left" style="text-align:left"><span lang="PT"><span lang="PT">A globalização do planeta é um facto, e verifica-se a todos os níveis. Com a disseminação dos meios de comunicação e de informação, sobretudo da televisão e das antenas parabólicas e, mais recentemente, dos computadores e da <i>internet</i></span><span lang="PT">, todos os aspectos da vida das pessoas em qualquer parte do mundo tende a massificar-se, a unificar-se, a medir-se pelos mesmos padrões, fazendo com que todos sejam informados dos mesmos acontecimentos ao mesmo tempo, e reajam simultaneamente a esses acontecimentos, muitas vezes de maneiras semelhantes, como é o caso das manifestações junto às embaixadas de determinado país, quando o governo desse país faz algo que desagrada à opinião pública.</span></span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" align="left" style="text-align:left"><span lang="PT"><span lang="PT">Mas a globalização não acontece apenas com os <i>media,</i></span><span lang="PT"> apesar destes serem os veículos mais poderosos e visíveis da crescente massificação. A globalização verifica-se também noutros aspectos básicos. Na maioria dos países as pessoas vestem-se da mesma maneira, comem o mesmo tipo de alimentos e entendem-se na mesma língua. Os exemplos mais paradigmáticos são a integração nos hábitos de quase toda a gente, sobretudo dos jovens, dos <i>“hamburguers”,</i></span><span lang="PT"> da comida chinesa,<i> “jeans”,</i></span><span lang="PT"> <i>“coca-cola”</i></span><span lang="PT">, <i>“pizzas”</i></span><span lang="PT"> e da língua inglesa.</span></span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" align="left" style="text-align:left"><span lang="PT">Com esta massificação, inevitável porque é também imposta pela publicidade ao serviço das grandes companhias internacionais e até por alguns governos, sempre numa perspectiva do lucro, vai-se assistindo a uma diluição das especificidades das diversas culturas, com implicações directas na vida de cada um, quer em relação aos aspectos sociais e económicos, como culturais.</span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" align="left" style="text-align:left"><span lang="PT">Até as clivagens religiosas, que apesar de manterem as convicções próprias de cada religião têm vindo tenuemente a diluir-se, convivendo mais tolerantemente umas com as outras - como é o caso dos contactos do Papa com os líderes de outras religiões - demonstram que o mundo é realmente cada vez mais pequeno, com uma evidente tendência para a uniformização também no aspecto cultural. Se os meios de comunicação veiculam as mesmas ideias e os mesmos conceitos, é compreensível que as pessoas tenham o mesmo tipo de conhecimentos e consequentemente sintam, pensem e reajam de modos muito semelhantes.</span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" align="left" style="text-align:left"><span lang="PT">Felizmente que essa globalização, que em muitos aspectos é positiva e bastante prática porque transmite conhecimentos necessários e facilita a comunicação entre os povos, não retirará completamente as características mais específicas de cada cultura. Porque uma das riquezas da humanidade é precisamente a pluralidade de culturas e a diversidade de costumes. Mas a realidade é que existe uma tendência crescente para a massificação dessas culturas e hábitos.</span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" align="left" style="text-align:left"><span lang="PT">Neste contexto é evidente que a arte não se pode afastar da realidade, e a actividade artística, como reflexo da vida, traduz os sentimentos, as preocupações e as aspirações das pessoas, tanto nos aspectos sociais como estéticos, a nível técnico e de suportes artísticos, acabando por responder do mesmo modo e apresentando o mesmo tipo de soluções formais.</span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" align="left" style="text-align:left"><span lang="PT">A difusão internacional das principais revistas de arte resulta no estabelecimento de parâmetros que vão influenciar, ainda que subconscientemente, a produção artística nos diversos pontos do globo. De certa maneira isso é salutar. É importante que os artistas se mantenham informados sobre o que se está a passar nos principais centros artísticos, embora devam ter a capacidade de distinguir a informação da massificação e do modismo.</span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" align="left" style="text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: bold; ">2. INTERACÇÃO</span></span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" align="left" style="text-align:left"><span lang="PT"><b><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal; ">A mudança provocada pelos factores acima referidos faz com que tudo mude muito rapidamente e que tudo se torne facilmente ultrapassado, numa atitude consumista, inerente à massificação das sociedades.</span></b></span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" align="left" style="text-align:left"><span lang="PT">Por vezes essas mudanças são tão rápidas que acabam por se tornar imperceptíveis, fazendo com que não pareçam efectivamente mudanças (até porque quase sempre o são apenas de um modo parcial), mas que pareçam uma evolução na continuidade. Todos nós temos exemplos disso no nosso quotidiano.</span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" align="left" style="text-align:left"><span lang="PT">A arte, mais uma vez, é um reflexo desta complexidade. Os diversos estilos e técnicas pictóricas misturam-se ou caminham a par, muitas vezes sem se distinguir o que é novo, isto é, o que revela alguma coisa de novo daquilo que é já visto e reutilizado.</span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" align="left" style="text-align:left"><span lang="PT">Embora a arte, em muitos casos, sofra dos defeitos da globalização (massificação de processos, unificação de respostas, etc.), tem uma característica específica que apesar de estar relacionada com a globalização, revela aspectos positivos e acima de tudo criativos, que é a interacção.</span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" align="left" style="text-align:left"><span lang="PT"><span lang="PT">É comum os artistas plásticos utilizarem nas sua obras e, por vezes, na mesma exposição, várias técnicas artísticas em simultâneo como a pintura, a colagem, a fotografia, o desenho, objectos e em certos casos ainda o video, a escultura e a instalação. Muitas vezes vão buscar inspiração a outros géneros artísticos como a dança, o teatro, a <i>performance-arte</i></span><span lang="PT">, o cinema ou mesmo à literatura, numa atitude interactiva para que, ao relacionarem particularidades de cada uma das artes e das técnicas, produzam uma obra mais criativa e, eventualmente, inovadora.</span></span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" align="left" style="text-align:left"><span lang="PT">Felizmente a arte tem essa capacidade e essa liberdade, a de interaccionar esteticamente para criar obras que contenham em si algo de novo, destruindo e ultrapassando barreiras estilísticas, géneros e conceitos artísticos.</span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" align="left" style="text-align:left"><span lang="PT"><span lang="PT">O fim das vanguardas (e teremos que considerar que um dos últimos movimentos artísticos digno desse nome foi o movimento <i>“Fluxus”</i></span><span lang="PT">, com início nos já longínquos anos 60 por Maciunas, Dick Higgins, Wolf Vostell, Ben Vautier, Philip Corner, Ben Paterson, Eric Andersen, Emmett Williams e alguns outros, estendendo-se a diferentes países depois de iniciado na Alemanha e nos Estados Unidos) fez, por um lado, com que os artistas mergulhassem numa espécie de planície sem pontos cardeais onde cada um poderia seguir o seu próprio caminho sem ter a preocupação de se integrar num qualquer movimento e, ao mesmo tempo, permitiu que os variadíssimos estilos estivessem todos na “moda” e se tornassem aceites e aceitáveis.<span style="mso-spacerun:yes"> </span></span></span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" align="left" style="text-align:left"><span lang="PT">Isto leva a que exista, por um lado, uma liberalização e por outro, uma globalização, uma visão quase consensual e a mesma maneira de entender a arte. E se é importante haver essa liberdade e abertura criativa, é no entanto necessário que as pessoas e os próprios artistas não se confundam para não caírem no exagero do tudo é válido, tudo é legítimo, logo tudo é bom. O que não é, obviamente, verdade. Tanto mais que essa globalização não existe apenas a nível de conceitos e de maneiras de ver e de entender a(s) arte(s), mas também a nível de estilos e de técnicas de criação e de execução artística.</span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" align="left" style="text-align:left"><span lang="PT"><span lang="PT">A <i>performance-arte</i></span><span lang="PT"> é um bom exemplo das estimulantes possibilidades da interacção porque vai buscar vários aspectos das diversas artes como a dança, o teatro, a pintura, escultura, música, mímica, poesia, instalação, video, etc. para, mediante a intervenção, no momento, do próprio artista, produzir “obras plásticas” com movimento e acção, resultando numa arte efémera mas criativa, interaccionando também os sentidos das pessoas na procura do entendimento do produto artístico que estão a observar. </span></span></p> <span lang="PT" style="Times New Roman";mso-ansi-language:PTfont-family:";font-size:10.0pt;"><i>( Comunicação apresentada no Simpósio Internacional “LOCALIZATION & GLOBALIZATION IN ART” da 4Th SHARJAH INTERNATIONAL ARTS BIENNIAL,<span style="mso-spacerun: yes"> </span>Sharjah,<span style="mso-spacerun:yes"> </span>Emiratos Árabes Unidos, 1999).</i></span><!--EndFragment--></div>encontros à volta da performancehttp://www.blogger.com/profile/09378756741431098909noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8361177869174363298.post-11120316671134916002010-01-25T04:50:00.000-08:002010-01-25T05:25:39.473-08:00Fernando Aguiar - POESIA: OU A INTERACÇÃO DOS SENTIDOS<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinnThGn11eAFMR_TDImCYM_sUqRZIYO8mh7Kbvd88X8Wa7TqGm2nN8iC2EaDNZB_xKdptvCBD3h2N6WAa_78o_UV7zupEWSxLiWViJC0eoj-NAS-9X7oheznS4Y8d_7DOcFX_W3ZwhUPys/s1600-h/aguiar+(B%26W).jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 214px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinnThGn11eAFMR_TDImCYM_sUqRZIYO8mh7Kbvd88X8Wa7TqGm2nN8iC2EaDNZB_xKdptvCBD3h2N6WAa_78o_UV7zupEWSxLiWViJC0eoj-NAS-9X7oheznS4Y8d_7DOcFX_W3ZwhUPys/s320/aguiar+(B%26W).jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5430660988950299682" /></a><div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinnThGn11eAFMR_TDImCYM_sUqRZIYO8mh7Kbvd88X8Wa7TqGm2nN8iC2EaDNZB_xKdptvCBD3h2N6WAa_78o_UV7zupEWSxLiWViJC0eoj-NAS-9X7oheznS4Y8d_7DOcFX_W3ZwhUPys/s1600-h/aguiar+(B%26W).jpg"></a><span class="Apple-style-span" style="font-family:'Lucida Grande', serif;"><span class="Apple-style-span" style="white-space: pre;"><span class="Apple-style-span" style=" white-space: normal; font-family:Georgia, serif;"><div><span class="Apple-style-span" style=" white-space: pre; font-family:'Lucida Grande';"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:large;">Fernando Aguiar </span><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">(Portugal)</span></span></div><div><b><i><p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right: 7.1pt; text-align: left; "><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal; font-weight: normal; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'Lucida Grande', serif;"><span class="Apple-style-span" style=" white-space: pre; "><span class="Apple-style-span" style=" white-space: normal; font-family:Arial, sans-serif;"><span><a href="http://ocontrariodotempo.blogspot.com/" target="_blank"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">http://ocontrariodotempo.</span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><wbr>blogspot.com/</span></span></a></span><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br /></span></span><span><a href="http://fernando-aguiar.blogspot.com/" target="_blank"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">http://fernando-aguiar.</span></span></a><a href="http://fernando-aguiar.blogspot.com/" target="_blank"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><wbr>blogspot.com/</span></span></a></span></span></span></span></span></p></i></b></div></span></span></span></div><div><b><i><p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">POESIA: OU A INTERACÇÃO DOS SENTIDOS</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"><o:p></o:p></span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: bold; ">1.</span></span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">POESIA: OU A INTERPENETRAÇÃO DOS SIGNOS</span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Vivemos o tempo do signo. O tempo em que a poesia deixou definitivamente os discursos para entrar no domínio das formas, no terreno do audio-visual e na dimensão do táctil. Aliás, não poderia ser de outro modo, considerando que toda a nossa estrutura vivencial se baseia nos indícios, nos sinais, nos símbolos, nos códigos.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">É numa floresta semiótica que existimos e comunicamos.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Neste contexto, as palavras, como único recurso expressivo da poesia, tornaram-se um limitado campo de acção perante todos os processos informacionais e cibernéticos que actualmente dispomos. Por outro lado, as imagens têm um maior poder comunicativo pela sua intensidade, pelo movimento implícito ou explícito, pela textura, pela cor, pela força das formas, pela tépida vibração que sentimos, ao olhar. E principalmente pelo instantâneo da leitura. As imagens como linguagem total são apreendidas simultânea e globalmente tornando de certo modo obsoleta a leitura linear e sequencial. Com quantos mais códigos o poema lidar, maior será a sua capacidade de transmitir e de ser assimilado. Por esta razão, e ao contrário da linguística, a semiologia vai tendo uma importância crescente no acto da escrita.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">A poesia procura, mediante o uso de uma diversidade de sinais, estimular a capacidade de raciocínio e de relacionamento do leitor, criando um envolvimento mais profundo do seu sentido crítico-perceptivo. E, como pelas circunstâncias são forçadas a isso, as pessoas vão dominando com uma renovada habilidade os diferentes conjuntos de signos que, aos poucos, vão sendo imprescindíveis a um equilíbrio interior e na sua relação para com a sociedade.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Quantos mais códigos dominarem e, principalmente, quanto maior for a sua capacidade de relacionar esses códigos entre si, mais aptos estarão a entender o que (n)os rodeia. E é por todas as situações do nosso quotidiano serem cada vez mais codificadas, que a poesia vai, necessariamente, dominar a linguagem dos signos.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">O poeta tem que desenvolver incessantemente as capacidades de todas as áreas da linguagem e, para isso, deve não só dominar a multiplicidade expressiva dos signos, como também os deve transformar em signos e linguagens novas, isto é, deve ser ao mesmo tempo o cientista e o designer da palavra. Cientista como agente explorador de novas formas de linguagem, e designer no sentido de potenciar esteticamente a linguagem criada.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Herbert W. Franke considera que a arte «se revela como fenómeno do domínio da informação». Como tal, é na criação de novas linguagens, da estética a inferir, e do meio a usar como veículo na transmissão do poema que se situa a (inter)acção do poeta como mediador (in)formativo e in(ter)ventivo.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: bold; ">2.</span></span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">POESIA: OU A INTERVENÇÃO VIVA</span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">A arte tem como principal finalidade provocar para obter uma reacção. E fá-lo por um processo comunicativo, do qual a informação é uma parte essencial.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Qualquer objecto ou acção artística apenas intervém quando contém em si algo de novo. Esse aspecto é precisamente a componente informativa do todo que representa a comunicação.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">A informação, no poema, pode dar-se a diversos níveis. A nível de técnicas e de tecnologias, a nível estético, a nível dos referentes, a nível dos diferentes significantes e dos seus significados e, principalmente, a nível dos meios de expressão. Só contendo uma carga informativa num, ou em todos esses sectores, o poema pode interferir de uma forma crítica e ser criativamente actuante.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">No princípio dos anos 70 a poesia visual, ao exprimir-se quase que exclusivamente através do livro, encontrava-se limitada a nível de suporte. Ultimamente começaram a ser utilizados outros meios para veicular a «palavra» poética. Meios com as suas características e potencialidades próprias. Meios que abriram definitivamente as portas da poesia para outros caminhos. Aí, os trilhos começaram agora a ser explorados.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Neste momento, e sob a pressão de uma série de factores conjunturais e vivenciais exteriores ao «produtor de imagens» poéticas (como diria N. Hadjinicolaou), existe uma tendência para as artes se complementarem e interaccionarem.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Do mesmo modo, e para além das capacidades individuais de cada meio de expressão, as possibilidades de permutação e de consequências vêem-se infinitamente alargadas quando da utilização associada ou integrada desses meios, de onde resultam trabalhos plenos de referências e de ilações.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Numa perspectiva de complementaridade e de totalidade da percepção, e visto que cada meio «traduz» a mensagem segundo as suas características técnicas e tecnológicas (M. Mcluhan), o poema veiculado por um conjunto de meios possibilitará uma visão mais diferenciada e diversificada de si mesmo, e poderá ser mais facilmente apreendido na sua globalidade.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"><span class="Apple-style-span" style=" font-style: italic; font-weight: bold; font-size:-webkit-xxx-large;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Nesse sentido, a intervenção directa do operador poético ou a chamada </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">performance</span></span></span></span><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">, é talvez o meio que mais se presta a esta conjugação, porque pode conter e relacionar-se facilmente com todos os outros veículos expressivos, e apresentar o poema com um máximo de elementos para a sua compreensão.</span></span></span></span></span></span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"><span class="Apple-style-span" style=" font-style: italic; font-weight: bold; font-size:-webkit-xxx-large;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">A </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">performance</span></span></span></span><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"> possui uma série de componentes que podem ser explorados esteticamente. Conceitos como o tempo, o espaço, o movimento/acção, a tridimensionalidade, a cor, o som, o odor, a luz e, principalmente, a presença do poeta como despoletador e factor de consecução do poema, interligado a uma quantidade ilimitada de objectos, intenções, técnicas e tecnologias, revolucionam completamente a leitura do poema conferindo-lhe uma outra dimensão, e proporcionando ao leitor/fruidor o «poema» total, o poema na sua plenitude comunicacional e informacional.</span></span></span></span></span></span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"><span class="Apple-style-span" style=" font-style: italic; font-weight: bold; font-size:-webkit-xxx-large;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Todas as </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">performances</span></span></span></span><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"> contêm dois conceitos básicos: o espaço onde esta se desenrola, e o tempo em que se desenvolve.</span></span></span></span></span></span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"><span class="Apple-style-span" style=" font-style: italic; font-weight: bold; font-size:-webkit-xxx-large;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">O tempo e o espaço são aqui eliminados como conceitos separados e formam como que a «tela», ou poeticamente falando, a «página», onde tudo pode/vai acontecer. Estes dois conceitos definem o limite espaço-temporal dentro do qual a acção poética se concretiza, e que, juntamente com o facto destas intervenções terem um carácter efémero e de serem normalmente irrepetíveis, de nelas estar sempre presente o factor improviso (apesar de toda uma prévia estruturação), a acrescentar à impossibilidade de apropriação individual como valor económico, e à articulação criador/fruidor que é diferente em relação a outros comportamentos artísticos são, no seu conjunto, os principais elementos para uma leitura e compreensão da </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">performance</span></span></span></span><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"> como meio de expressão com características específicas.</span></span></span></span></span></span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"><span class="Apple-style-span" style=" font-style: italic; font-weight: bold; font-size:-webkit-xxx-large;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Pegando na opinião de Décio Pignatari sobre o </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">happening</span></span></span></span><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">, a </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">performance</span></span></span></span><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"> também se pode considerar a «Arte de acção, contra arte de contemplação». A presença física do operador poético é um dos factores mais importantes daquilo que se pode considerar por poesia viva. Viva porque contém precisamente a forma viva do seu criador. Viva porque o (pro)pulsar/o movimento/o respirar do corpo fazem parte integrante do poema, como instigadores do desenvolvimento e da concretização do mesmo. O poeta é o despoletador da acção, e todos os seus gestos, toda a sua expressividade mímica emite informações, parafraseando uma linguagem rica de signos e significados.</span></span></span></span></span></span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">A circunstância de o poeta estar no centro da acção, confere ao poema uma noção de objectualidade que representa, de certo modo, (um)a ligação entre este e o fruidor. A esta faceta táctil da «poesia viva», sobrevém imediatamente a tridimensionalidade. O volume dado pela multiplicidade de objectos e também pela presença, em movimento, do operador poético.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Embora o movimento nem sempre esteja explícito nos diferentes componentes que integram o «poema vivo», ele existe na animação impressa aos objectos manipulados, no balanço/ritmo sonoro, na luz/cor, ou ainda pelo movimento próprio de outras utilizações simultâneas como o texto-video, a projecção de diapositivos, etc., etc.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"><span class="Apple-style-span" style=" font-style: italic; font-weight: bold; font-size:-webkit-xxx-large;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">A exploração da cor na intervenção poética é uma referência directa à integração da pintura na </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">performance</span></span></span></span><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">, assim como a tridimensionalidade é uma inclusão do conceito de escultura na escrita. Os diferentes tipos de arte convergem na </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">performance</span></span></span></span><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">, para em conjunto resultarem numa interacção expressiva, assim como a nível tecnológico os diversos suportes se haviam conjugado para dar origem a uma inter-dicção de meios de comunicação. «… os meios, como extensões dos nossos sentidos, estabelecem novos índices relacionais, não apenas entre os nossos sentidos particulares, como também entre si, na medida em que se inter-relacionam.», escreve M. Mcluhan.</span></span></span></span></span></span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">O som, outro elemento de leitura da intervenção poética pode apresentar-se sob diversas formas. O ritmo, a melodia, ou apenas o ruído, representam estruturas sonoras que nem sempre são acessórias, mas contribuem para o conjunto de signos a serem descodificados. Nesta área englobam-se, além da voz, tanto os sons produzidos por instrumentos próprios, e/ou considerados «impróprios», como os sons ambientais ou os resultantes de actividades industriais.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Natural ou artificial, temos também a luz como veículo de leitura do poema. Artificial pode ser uma fonte de efeitos, pela possibilidade de transformação e de transmutação cromática dos diferentes elementos.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Finalmente há a considerar o uso de letras/palavras, apresentadas por diferentes processos, como principal factor definidor da noção de poema (do poema vivo), como intervenção estética.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">A poesia, enquanto processo interventivo deve dar, mediante a exploração dos diversos campos comunicacionais, a percepção do simultâneo que, na prática, já vivemos.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Edmund Carpenter e Marshall Mcluhan escreveram na introdução do seu livro «Revolução na Comunicação» que «Os meios electrónicos de comunicação do homem pós-letrado contraem o mundo, reduzindo-o às proporções de uma aldeia ou tribo onde tudo acontece a toda a gente ao mesmo tempo: todos estão a par de – e, portanto, participam em – tudo o que está acontecendo, no minuto em que acontece.»</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"><span class="Apple-style-span" style=" font-style: italic; font-weight: bold; font-size:-webkit-xxx-large;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">A </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">performance </span></span></span></span><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">proporciona e reivindica também uma leitura simultânea de todos os aspectos que a compõem, no momento em que acontece.</span></span></span></span></span></span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">O fruidor deverá fazer uma leitura integral da intervenção poética, como um todo que ela na realidade é, e não se deve limitar em apanhar somente o significado daquilo que vê, pois este é apenas um dos componentes do acto poético. Para isso tem que haver um sincronismo no emprego dos sentidos, para uma decifração e compreensão do poema e, consequentemente, uma participação crítica.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"><span class="Apple-style-span" style=" font-style: italic; font-weight: bold; font-size:-webkit-xxx-large;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">A súmula de uma intervenção poética reside precisamente no binómio acção/reacção. E aqui aplica-se o pensamento de Marcel Duchamp quando afirmou que «O artista não realiza sozinho o acto de criação, pois o espectador estabelece o contacto da obra com o mundo exterior, decifrando e interpretando suas qualificações profundas, e, agindo desta forma, acrescenta a sua contribuição ao processo criativo». Entre o operador poético e o «leitor» existe uma relação empática directa, pela participação deste no trabalho daquele, onde o </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">feed-back</span></span></span></span><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"> poderá, inclusive, modificar o próprio rumo do poema, alterando sempre o seu significado. Como a leitura do poema dá-se em simultâneo com o seu desenrolar, e como a reacção dá-se sincronicamente com a leitura, o </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">feed-back</span></span></span></span><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"> é imediato, passando por vezes, o consumidor a ser também o produtor e vice-versa.</span></span></span></span></span></span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">O facto de o poema-acção se desenrolar perante o «leitor», está directamente relacionado com o extraordinário desenvolvimento dos meios de comunicação, isto é, de termos a possibilidade de tomar conhecimento das diferentes ocorrências em qualquer parte do mundo simultaneamente a elas acontecerem.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"><span class="Apple-style-span" style=" font-style: italic; font-weight: bold; font-size:-webkit-xxx-large;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">A </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">performance</span></span></span></span><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"> poética contém esse aspecto de sincronismo de acção/reacção que torna o poema vivo. As pessoas assistem ao nascer e ao término do poema. Vêem quem cria e como se executa o poema (ajudam, por vezes, a criá-lo), reagindo no momento em que este toma corpo. A </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">performance </span></span></span></span><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">possibilita o criar-se e o estar ali para ver. Possibilita a informação integrada recíproca e instantânea. Apela à participação. O que contém algo de umbilical.</span></span></span></span></span></span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">A circunstância do poema ser usufruído colectivamente por este meio em vez da sua leitura individual através do livro (que tal como a porta é um incentivo ao isolamento, segundo David Riesman), representa um extraordinário avanço da poesia no sentido do social. Deste modo, a transmissão da «mensagem» resulta numa experiência comum.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Numa altura em que os meios de comunicação sofreram uma evolução espantosa, mas onde, paradoxalmente, não existe comunicação entre as pessoas, o contacto directo entre o público e a obra/autor ganha uma outra intensidade ao (re)estabelecer o diálogo entre os seres em si e entre os seres e os objectos/actos artísticos.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"><span class="Apple-style-span" style=" font-style: italic; font-weight: bold; font-size:-webkit-xxx-large;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">A interacção na intervenção poética faz-se não só entre os diferentes materiais e tecnologias, como entre o criador/acção poética, acção poética/fruidor e fruidor/criador. São precisamente estas relações que a </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">performance</span></span></span></span><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"> vem provocar, o diálogo poeta/público, mediado pelo desenrolar do poema.</span></span></span></span></span></span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">E se por um lado deixa de existir o indivíduo possuidor da obra única (do qual é o único usufrutuário) para passar a haver (um)a criação poética que vai beneficiar o colectivo, por outro lado mantém-se, ainda, o carácter do único, porque de uma maneira geral estas intervenções não são repetidas, ou pelo menos nunca o são completamente.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"><span class="Apple-style-span" style=" font-style: italic; font-weight: bold; font-size:-webkit-xxx-large;"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Quanto ao aspecto da </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">performance</span></span></span></span><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"> ser, de certa maneira, a «arte do efémero», prende-se com o facto de ser uma obra que é rapidamente assimilada. O que, numa sociedade de consumo, me parece perfeitamente natural e integrado no contexto social.</span></span></span></span></span></span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: bold; ">3. </span></span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">: OU A POESIA INTERACTIVA</span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Na década de 60, a poesia concreta aplicou determinadas soluções formais, começando a explorar a estrutura espacial da página, e a proporcionar outras leituras para os signos semânticos.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Nos anos 70, a poesia visual recorreu a uma variedade de signos imagéticos, que alargaram os horizontes da poesia a outras interpretações. Mas ao utilizar o livro como suporte quase que exclusivo, a poesia visual ficou limitada precisamente por esse facto. Por exigir apenas do leitor um esforço de percepção visual.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Em finais dessa década, a poesia deixou de ser predominantemente visual, no sentido do poema impresso na página, para ser algo mais. Algo que começou a exigir do leitor o uso integral dos seus sentidos. «Como podemos utilizar todos os nossos sentidos ao mesmo tempo, podemos receber informações simultaneamente por todos os canais sensoriais.», escreveu Jeanne Martinet.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Foi o rápido desenvolvimento dos meios de comunicação, e a exploração das suas potencialidades tecnológicas e especificidades técnicas, colocadas ao alcance do poeta para este se exprimir de uma forma mais completa e complexa, que provocou a necessidade da utilização sincronizada dos sentidos e do seu relacionamento, para uma melhor percepção do acto poético.</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"><o:p></o:p></span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Esta atitude veio alterar por completo a noção tradicional de poesia, e a própria denominação «poesia visual», por limitativa, deixou de estar adequada a determinadas realidades poéticas.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Neste momento a poesia é mais informacional no sentido da informação pela informática, é mais cibernética no sentido de um envolvimento da máquina na mensagem, é mais integracional no sentido de integrar em si o uso de materiais e de técnicas/tecnologias diversificadas, é mais relacional no sentido do inter-relacionamento dos canais sensoriais, e mais interactiva no sentido de interaccionar esteticamente todos estes aspectos.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Interactiva porque todos os componentes do poema são o resultado de uma (inter)acção conjunta entre si. Interactiva porque cada um resulta naquilo que os outros são e dele faz. Interactiva porque a poesia age pela reacção dos diversos factores inerentes ao acto poético. Poesia interactiva pela actuação integrante e interagente, a todos os níveis estéticos e informacionais. Interligados. Interassociados. Interpenetrados. Intertextuais.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Esta poesia que considero interactiva, não se pode pressupor de nova num sentido de ruptura, mas sim o resultado prático e efectivo da evolução de um determinado tipo de poesia com características experimentalistas.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Fundamentalmente pretendo que se compreenda que tem havido e que continua a haver uma evolução na poesia e na(s) forma(s) de esta ser veiculada. A poesia evoluiu para algo que é mais que o simples valorizar do aspecto visual do poema. Evoluiu para uma interacção activa e criativa dos sentidos por intermédio dos meios de que o poeta se apropriou, e da sua capacidade de produção e disfrutação do poema.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Os anos 80 são realmente os anos do simultâneo, os anos do compacto, os anos do maior número de coisas no mais curto espaço de tempo. É imperioso que todos os nossos canais sensoriais permaneçam alerta para interceptar o que nos rodeia. E que saibam relacionar esses dados. A poesia combate com estas armas. Por uma espécie de sobrevivência. Por um rasgo de inteligência e do mais puro instinto. Para continuar a ser.</span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: bold; ">4. </span></span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">POESIA: OU A INTER-RELAÇÃO DOS MEIOS DE EXPRESSÃO</span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">O futuro pertence às mais recentes tecnologias, e a poesia irá acompanhar este desenvolvimento explorando, na medida do possível, todas as capacidades que os novos meios de expressão proporcionam. O poeta, como qualquer outro operador estético, terá que se actualizar para empregar as linguagens e os meios do seu tempo, e intervir intensamente nas questões que constantemente se nos colocam. </span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Sabendo que meios como a fotografia, a fotocópia, a </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">performance</span></span></span></span><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">, o video ou o computador possuem uma linguagem própria com possibilidades a serem exploradas, torna-se evidente que os caminhos da poesia passarão (já passam) por aí. </span></span></span></span></p> <p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Com esta variedade de meios para veicular o seu trabalho, o poeta interactivo vai utilizá-los, quer individualmente, quer interligados ou integrados uns nos outros, para no conjunto potenciar a capacidade de transgressão do poema.</span></span></span></span></p><p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Também se compreende que não se dedique exclusivamente a um desses meios, porque cada qual codifica e veicula a mensagem/informação segundo as suas características e, por essa razão, o poeta servir-se-á daquele ou daqueles que em determinado momento for(em) mais adequado(s) a transmitir uma dada intenção.</span></span></span></span></p><p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Comparativamente aos meios tradicionais de veicular a poesia, as novas tecnologias têm um maior poder de concentração e de quantificação da mensagem. Como exemplo poder-se-á falar da televisão que apenas em algumas horas de emissão veicula um manancial de conhecimentos (e também um ideologia) superior ao de muitos dias de leitura. Por um processo mais envolvente e criativo e, sem dúvida, mais excitante, até porque estão vários sentidos a canalizar esses conhecimentos. E assim como a televisão, o video ou o computador, as comunicações por satélite ou a transmissão electrónica da mensagem.</span></span></span></span></p><p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Torna-se, pois, evidente, que a poesia também participará nesta revolução tecnológica para que, mediante uma acção interactiva, possa proporcionar uma multiplicidade de novas percepções à sensibilidade dos sentidos.</span></span></span></span></p><p class="MsoBodyText" align="left" style="margin-right:7.1pt;text-align:left"><span lang="PT"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;">(Publicado no livro “POEMOGRAFIAS- Perspectivas da Poesia Visual Portuguesa”, edição Ulmeiro, Lisboa, 1985).</span></span></span></p> <!--EndFragment--> </i></b><p></p><!--EndFragment--></div>encontros à volta da performancehttp://www.blogger.com/profile/09378756741431098909noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8361177869174363298.post-20900043936680375442010-01-23T16:55:00.000-08:002010-01-23T17:57:26.538-08:00Bartolomé Ferrando - Sobre la ética en el arte de acción<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimWEIEuMWst2wSN62mEeNoUETBcWEw5idZBjPpZrYC3JLOVg9sxwcvi7vH7W_AwsGolUW0-5kRn5yNuooK-Ocm1EjqFOmBwnfj1mEdHzNk6nfZr-gnzwY-7_Beu8IdWoe5qezikU3jbqTb/s1600-h/bartomeuferrando.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 213px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimWEIEuMWst2wSN62mEeNoUETBcWEw5idZBjPpZrYC3JLOVg9sxwcvi7vH7W_AwsGolUW0-5kRn5yNuooK-Ocm1EjqFOmBwnfj1mEdHzNk6nfZr-gnzwY-7_Beu8IdWoe5qezikU3jbqTb/s320/bartomeuferrando.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5430119443303355058" /></a><br /><br /><div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8fE3V2l0jZiirx2RdROhWho6Fxxc-9K-x-seKGSNWIo1FQ23_7L9pyxg1gG3Bo6-uteeLybzSv356Fs-vPmfowTx0tDfEu08injVrPcog7mlNXj8yLJ6Ifwg7bIE-NZ4d8m-qvMXWSxTe/s1600-h/BartolomeFerrando.jpg"></a><span class="Apple-style-span" style=" white-space: pre; font-family:'Lucida Grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Bartolomé Ferrando (Spain)</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:'Lucida Grande', serif;font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style=" white-space: pre;font-size:11px;"><a href="http://www.bferrando.net/"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">http://www.bferrando.net</span></a><br /></span></span><!--StartFragment--> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Entiendo por ética un modo de obrar, una manera de actuar o de intervenir, que tiene su compensación en esa misma manera de obrar o de actuar<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Toda ética se fundamenta en un saber, en un conocimiento, con el que la persona afianza la puesta en marcha de una actividad o de un modo de obrar determinado.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Decir que una actividad es ética, implica, a mi parecer, que dicha actividad está en estrecha relación con el conocimiento y con el saber que uno tiene sobre el tema propio de la actividad. Pero además, será ética, cuando esté en relación con lo que uno realmente quiere o desea hacer<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Por eso, para afirmar que una actividad es ética, al conocimiento y al saber, habrá que añadir la voluntad y el deseo de puesta en práctica de ese conocimiento y de ese saber<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Y esa voluntad y deseo de puesta en práctica estará marcada por la relación con el otro; por la correlación con el otro ,y de algún modo, por la aceptación y reciprocidad del otro. De otro que no es un individuo, sino más bien una generalidad de individuos. La ética y la estética, decía Rousseau, sólo pueden nacer en sociedad<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Si lo decimos de otro modo, se puede afirmar que una actividad es ética, cuando existe una correspondencia o correlación entre conocimiento y acción, mediatizada por el otro, no individual. Y además, cuando dicha correlación<span style="mso-spacerun: yes"> </span>o correspondencia es auténtica, es decir, está en relación con lo que uno realmente vive y quiere o desea hacer<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Pero esa correlación no es fija. Está más bien en continuo cambio, como todo conocimiento o saber. Y así<span style="mso-spacerun: yes"> </span>toda actividad ética, estará también en continuo cambio<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Pero, por otra parte, toda ética contiene y conserva, en gran medida, un elevado grado de subjetividad<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Si toda ética se fundamenta en un saber y en un conocimiento determinados, habría que afirmar que ese saber y ese conocimiento contienen un elevado grado de subjetividad <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Todo saber contiene un elevado grado de subjetividad porque, cuando una persona cree en algo, y construye su saber en base a esa creencia, no fundamenta dicha creencia o lo hace habitualmente de manera insuficiente<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Y así, al decir que un modo de obrar es ético, afirmamos, sin decirlo, que ese modo de obrar contiene un elevado grado de subjetividad<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Intentaré aquí dar algunas razones y aportar de algún modo, los conocimientos y creencias en base a los cuales fundamento mi actividad en el terreno del arte de acción<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Porque, vuelvo a decir: toda ética se fundamenta en un saber, en un conocimiento, con el que la persona afianza la puesta en marcha de una actividad o de un modo de obrar determinado.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Pero además de ser subjetivo nuestro conocimiento y nuestro saber, me atrevería a decir que la formación y construcción de este conocimiento y de este saber propio, es debida en gran medida, al azar y a la casualidad<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Conocemos algo a raíz de un encuentro, de un hallazgo, de un descubrimiento que nos llama la atención, y en ocasiones, nos sorprende. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Partiendo de ese encuentro, que nos atrae por alguna razón, germina el deseo de conocer algo más de ello<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Y ese conocimiento obtenido, que podría equipararse a un edificio en permanente construcción, lo aplicamos, la mayoría de las veces, a nuestra propia experiencia <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Pero ese encuentro, ese hallazgo, ese descubrimiento, se produce por azar la mayoría de las veces<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">El azar, decía<span style="mso-spacerun: yes"> </span>Hans Arp, es una parte restringida de un orden inaccesible, al margen de lo causal<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">El azar es un acontecer situado al margen de la razón<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">El azar está en relación a lo desconocido<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="ES">Sobre el conocimiento y el azar<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">El azar es un imprevisto del que el sujeto se mantiene al margen o en el que tiene escasa presencia<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Nuestro conocimiento está en gran medida basado en acontecimientos imprevistos, o tiene su punto de partida en<span style="mso-spacerun:yes"> </span>ciertos encuentros o hallazgos azarosos, generados al margen de la voluntad del sujeto<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Y así, podríamos decir que nuestro conocimiento es subjetivo, pero a su vez es contenedor de puntos de partida generados al margen de nuestra voluntad<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">A modo de resumen, se puede afirmar que una actividad es ética, cuando existe una correspondencia o correlación entre el conocimiento subjetivo y la acción, basadas en el azar y en lo desconocido, y mediatizadas por el otro. Y además, cuando dicha correlación es auténtica, es decir, que está en relación con lo que uno realmente vive y quiere o desea hacer<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Inicié mi actividad en el arte de acción a partir de un encuentro fortuito con Wolf Vostell.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Fortuito porque no tenía idea de lo que me iba a<span style="mso-spacerun: yes"> </span>encontrar. Yo estudiaba música entonces, y estaba interesado sobre todo por los conciertos de free-jazz y de música contemporánea. Asistí a la conferencia de<span style="mso-spacerun: yes"> </span>Wolf Vostell casi por curiosidad.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Ocurrió en Barcelona, en 1973. Vostell expuso en aquella ocasión las ideas principales de Fluxus y comentó algunos de los happenings que había realizado, mientras yo, atentamente, escuchaba entre el público<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Tuve ocasión, de ese modo, de conocer algo sobre Fluxus. He de añadir que, en esa época, se disponía de muy poca información sobre el arte actual, y la posibilidad de poder escuchar algo sobre Fluxus, era todo un acontecimiento<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">De Fluxus me atrajo la relación que se establecía entre el arte y el juego<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Me atrajo porque el juego desajusta el orden, lo desarregla, y mantiene además una actitud permanente de oposición a éste<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Me atrajo porque mediante el juego te sitúas frente a lo imprevisible y lo inesperado. Ante ello, debes adoptar una actitud determinada, fruto de una decisión propia, que te sitúa de nuevo en la posición de organizador y creador de tu propia experiencia<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Me atrajo porque cuando aplicas la idea de juego a la experiencia común, te abres las puertas y te introduces en un modo diferente de sentir y de estar en el mundo<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="ES">De mi experiencia<br />Me atrajo, porque el juego es un elemento estimulante de la creación <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="ES">Me atrajo, porque el juego es un elemento estimulante de la experiencia<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Pero cuando hablo de la relación entre arte y juego, hago referencia a esa noción de juego sin intención alguna, sin vectores, sin direcciones, ausente de finalidad, que permite que te muevas hacia un lado o hacia otro, hacia delante o hacia atrás, sin proyecto, ni propósito, ni regla alguna<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Escribo estas reflexiones muchos años después, buscando de algún modo las razones de aquellas ideas que me atrajeron tan poderosamente, y que determinaron y marcaron mi trayectoria artística encauzada en gran medida en el arte de acción<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">De Fluxus me atrajo también la importancia que ellos daban al humor, retomándolo del Dadaísmo<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Me pareció importante porque el ejercicio del humor aligera los actos. Les quita peso. Les quita gravedad <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Me pareció importante porque el ejercicio del humor va más allá de la afirmación y de la negación<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Me pareció importante el humor porque éste te hace cómplice. Te embauca y te hace partícipe del acontecimiento. Te invita a formar parte de él. Te saca de tu escondrijo ideológico<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Me pareció importante porque el humor contiene verdad. Dice probablemente más verdad que el hecho de querer decir verdad<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Me pareció importante por la fuerza de penetración psicológica que el ejercicio del humor contiene<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Me pareció importante porque el ejercicio del humor te puede conducir y situar en el absurdo; te puede llevar al absurdo<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Y eso también me atrajo de Fluxus: la presencia del absurdo en sus acciones<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Y es que en el territorio del absurdo, las leyes de la lógica son inoperantes. En otras palabras, se podría decir que el encadenamiento o enlace entre dos enunciados o propuestas absurdas, contiene una lógica absurda, y en consecuencia, el tránsito entre una y la otra nos es desconocido. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Recuerdo que Maurice Blanchot decía que la lógica del absurdo mantiene al absurdo fuera de las garras del absurdo. Y esa conexión o enlace, en la que el sujeto no encuentra ninguna senda o camino trazado de antemano, desata probablemente la capacidad de imaginación. Es por eso por lo que tal vez me interesaba, aunque nunca había sabido porqué<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Desde entonces me siento unido a estos conceptos, y he integrado y aplicado el juego, el humor y parcelas de absurdo en casi todas mis intervenciones de arte de acción<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Pero vuelvo a decir aquí, que si toda ética se fundamenta en un saber y en un conocimiento determinados, habría que afirmar que ese saber y ese conocimiento contienen un elevado grado de subjetividad<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">De Fluxus me atrajo también la presencia cruzada de diversas disciplinas artísticas<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Pero el ejercicio de interrelación artística viene de lejos. Estaba ya contenido en la escritura ideogramatica y caligramática, en las prácticas futuristas, dadaístas y constructivistas, en el teatro de Antonin Artaud, en las composiciones de Wassily Kandinsky o de Paul Klee; en el letrismo; en la poesía concreta, visual y fonética o en la música de Luigi Russolo, Pierre Schaeffer o John Cage, prácticas todas que fueron anteriores a Fluxus,<span style="mso-spacerun: yes"> </span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Para mí, en aquella época, la interrelación y fusión entre diversas prácticas artísticas, era un hecho conocido y muy relevante, dado que abría y marcaba el inicio de otras vías de desarrollo creativo en todas las áreas y en todas las disciplinas. La conferencia de Wolf Vostell a la que asistí, afianzó mi interés por conocer y poner en práctica alguna de esas formas de hacer en arte.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Al intentar comprender el procedimiento, si es que lo había, que pudiera desencadenar la fusión entre dos prácticas artísticas distintas, me di cuenta de que en todos los casos de interrelación se producía una combinación entre fragmentos o parcelas específicas diferentes. Cada una de las obras específicas de origen, abandonaba de alguna manera su carácter global y se cuarteaba o abría para dar paso a la posibilidad de engarce con otra u otras. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">La<span style="mso-spacerun: yes"> </span>obra, ya fragmentada, se hacía permeable y daba pie a gran número de posibilidades de combinación, como la que, por ejemplo, se creó entre la música y la escultura en la obra de Joe Jones; la producida entre la poesía y la escultura en la obra de Emmett Williams y Robert Filliou, o entre la escritura y la plástica en el proceso de creación de libros de artista y de libros objeto<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Pero el interés hacia lo fragmentario venía de tiempo atrás, no era algo que me fuera desconocido. Estaba ya predispuesto entonces a aceptar y a interesarme por todo arte que estuviera construido en base al fragmento.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Y es que el fragmento, separado del eje central de la estructura, no sólo posibilitaba y era permeable a muy diversas articulaciones, sino que constituía un mundo aparte, irregular y asimétrico, y era en sí mismo contenedor de su propio sentido, o mejor, albergaba insinuaciones de sentido<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo2"><span lang="ES" style="font-family:Arial;">•</span><span lang="ES">Y la interdisciplinariedad, desde su articulación fragmentaria, prometía modos de hacer deshilachados, desligados de la voluntad de pertenecer a una totalidad, y no por ello eran sentidos como más frágiles o débiles.<span style="mso-spacerun: yes"> </span>Al contrario más bien, cada fragmento era en sí mismo un elemento<span style="mso-spacerun: yes"> </span>individualizado, cargado con su propia energía, y capaz de enlazarse o de<span style="mso-spacerun: yes"> </span>unirse a otro de forma mucho más plural y dúctil, provisto tal vez de la voluntad de mantenerse al margen, disperso o en suspensión, en espera de algún receptor que fuera capaz de observarle, escucharle, y tal vez otorgarle o<span style="mso-spacerun:yes"> </span>sobrecargarle con cierto sentido, distinto del que disponía con anterioridad <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Pero si el ejercicio de interdisciplinariedad está en la base<span style="mso-spacerun: yes"> </span>y en la estructura de cualquier modo de hacer propio del arte de acción, ya sea en el happening, en la performance, en el evento o en la maniobra, la presencia de lo fragmentario se hará mucho más evidente en unas acciones y disminuirá o permanecerá casi invisible en otras. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo2"><span lang="ES" style="font-family:Arial;">•</span><span lang="ES">En mi caso, aún siendo muy proclive a la consideración del fragmento, su presencia en mis prácticas de arte de acción no salta demasiado a la vista. Está contenida, y es fundamental, pero no se muestra demasiado. Donde se advierte más, donde se hace más evidente, es en las construcciones o composiciones fonético-sonoras, que constituyen la parte principal o al menos forman parte de algunas de mis performances. La poesía fonética, decía Jean Jacques Lebel es el esquizo de todos los lenguajes posibles, antes de su codificación<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Pero mi interés por la práctica de la poesía fonética y sonora, y por lo tanto por la consideración e inclusión de lo fragmentario en mi práctica artística, tuvo lugar muchos años después, en<span style="mso-spacerun:yes"> </span>1982. Fue ese año cuando construí, influido por Kurt Schwitters, un poema consonántico derivado de un texto común obtenido de un diario local.<span style="mso-spacerun: yes"> </span>A partir de entonces, atraído por las posibilidades combinatorias que la fragmentación del lenguaje posibilitaba, desarrollé esa vía de creación y la inserté en mis prácticas de arte de acción en 1987.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">La utilización de gargarismos, gruñidos, ecos, repeticiones, permutaciones, superposiciones, gritos y gestos, provocaban heridas al armazón lógico del lenguaje y lo descuartizaban. Y todo intento de recomposición de ese cuerpo maltrecho, dejaba escapar en ocasiones sonidos primitivos, huesos descarnados y residuos sonoros de lenguaje, que desajustaban, aún más si cabe, el conjunto de la pieza<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">La poesía fonético sonora no sólo incluía el fragmento, sino que lo mostraba en primera plana, en carne viva. Su articulación y estructuración, abandonando e ignorando por completo el sentido, debía hacerse en base al ritmo, es decir, a un elemento más propio del territorio musical.<span style="mso-spacerun: yes"> </span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Pero ese ritmo no era una marca impuesta: provenía del sujeto, de su latido, de su propia vivencia. Y así, en la poesía fonético-sonora, escritura y música se daban la mano en un ejercicio fragmentario, articulado y emitido por el sujeto, que a su vez se deshacía, engranado como estaba a su propio discurso<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Hans Richter decía que el sonido fonético estaba en relación con la respiración. Una respiración que no es diferente del cuerpo del emisor; forma, más bien, una unidad con éste<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">De esta manera, la rotura, el jirón, el andrajo lingüístico, afectaba de manera directa al emisor. La persona devenía un ente cuarteado, abierto, permeable y poroso. El sujeto vivía el desgarro, hecho que no ocurría en otras prácticas artísticas interdisciplinares. El hecho de incluir la fragmentariedad fonético-sonora en la práctica de la performance, favorecía uno de los aspectos más relevantes de esta práctica, ya que colaboraba en el proceso de desaparición y disolución del sujeto-actor del escenario de la acción. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Por medio de esta transformación, favorecida por la fragmentariedad, el performer pasa a convertirse en una materia que emite, se mueve o articula, dejando de ser el centro o el eje de la pieza. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Pero además, este proceso de desaparición y disolución es, en sí mismo, uno de los rasgos que distancian y separan la práctica del arte de acción del ejercicio teatral, al que aquella no quiere verse ni identificada ni sometida<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Y así, de esa manera, guiado inicialmente por el deseo de construcción de una pieza fonética influida por una de las composiciones de Kurt Schwitters, descubierta casi al azar, dediqué parte de mi práctica de creación a la construcción de piezas fonético-sonoras, que inserté después en mis propias performances<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Pero la conferencia dada por Wolf Vostell de 1973, en la que expuso y comentó algunos de los happenings que<span style="mso-spacerun: yes"> </span>por entonces había realizado, provocó además que aumentara mi interés acerca de la idea de la posible participación del otro en la obra artística, y de la posibilidad de incluirla, de algún modo, en mi práctica personal <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Y es que la participación o intervención en la obra es una forma de autodeterminación y transformación creativa del otro.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">La participación o intervención en la obra es capaz, a mi parecer, de provocar el desarrollo de la identidad del sujeto que interviene<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Pero además, la participación del otro aporta un cierto equilibrio de fuerzas en el interior del acontecimiento artístico<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Y diría también que la participación del otro es un acontecimiento que se ha hecho casi necesario al arte<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Sabemos que toda participación puede ser mental y/o corporal. Para algunos, el modo mental de participación es general, es decir, la lleva a cabo en mayor o menor grado todas las personas que perciben u observan un hecho artístico, e invalida o al menos hace innecesaria, todo tipo de participación corporal. Para otros, entre los que me incluyo, constituyen modos de activación e intervención muy diferentes, y probablemente complementarios<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">En mi caso, siempre me he sentido atraído por la participación corporal en la obra de arte, ya apoyada<span style="mso-spacerun: yes"> </span>y expuesta por Allan Kaprow, Wolf Vostell y Marta Minujin, en sus escritos sobre el happening. En mis primeras acciones participativas que hice en Valencia en 1977, así como en las performances de los últimos años, la invitación a la participación física del otro es muy evidente<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo2"><span lang="ES" style="font-family:Arial;">•</span><span lang="ES">Y si Joseph Beuys defendía una forma de participación simple y no educada en sus performances, no hacía en mi opinión mas que continuar las ideas de Allan Kaprow, ya que para éste, la intervención del otro en la obra de arte, debía fundamentarse en un comportamiento y en un modo de hacer basado en la sencillez.<span style="mso-spacerun: yes"> </span>Es de esa manera como he considerado e incluido el hecho participativo en mi práctica de acción, teniendo en cuenta, ante todo, las tesis escritas de Allan Kaprow, que defendían una forma de participación simple y abierta a cualquier persona.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">En resumen, yo diría que el juego, el humor, el absurdo, lo fragmentario y la inclusión de la participación del otro en el acontecimiento artístico, son los principales componentes que estructuran y dan forma a mi práctica de acción<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Pero se me podrá decir que ni la participación del otro, ni los conceptos de fragmentariedad, juego, absurdo o humor son privativos del arte de acción, ya que están presentes en muchas otras manifestaciones artísticas. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Y es que probablemente, junto a las ideas que acabo de exponer, el concepto más relevante e inductor de mis iniciales prácticas de acción fue mi identificación con la idea, claramente manifiesta por Fluxus, de voluntad de apertura y extensión de la experiencia artística al ámbito de lo cotidiano<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo1"><span lang="ES" style="font-family:Arial;font-size:14.0pt;">•</span><span lang="ES">Fluxus, como se sabe, recogió e hizo suya la voluntad de conexión entre al arte y la vida, ya ampliamente manifiesta en el futurismo, en el dadaísmo, en el teatro de Artaud, en el surrealismo y en John Cage <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:0cm;text-indent:0cm;mso-list:l0 level1 lfo2"><span lang="ES" style="font-family:Arial;">•</span><span lang="ES">Esta relación y apertura, que implica una cierta desvalorización del hecho artístico cerrado en sí mismo, y a su vez, una consideración y revalorización del hecho común, contenía, al mismo tiempo, un modo diferente de conexión y relación entre el arte y el hecho social. Me refiero aquí a la posibilidad de que, entre uno y otro, hubiera un mayor transvase e interinfluencia, que a su vez permitiera y facilitara un tipo de práctica artística sin jerarquías, mucho más directa y próxima al receptor. Fluxus decía que el arte no representaba la realidad, sino que más bien coincidía con ésta<o:p></o:p></span></p> <span lang="ES" style="Times New Roman";mso-ansi-language:ESfont-family:";font-size:12.0pt;">Y si lo cotidiano contiene y expone generosamente las nociones de humor, juego, absurdo y fragmentariedad, la relación abierta de éste con la práctica artística provoca, por esa relación, una doble filtración y enriquecimiento. Y además, el contagio entre uno y otra multiplica y amplia la dimensión de ambos, confundiendo y extendiendo ambos territorios, claramente distantes en el arte clásico. Y esta fusión-confusión, sin duda permite y facilita la intervención participativa, mental y/o corporal del otro, probablemente en un grado mucho mayor que en cualquier otra manifestación artística. Esas fueron las razones principales de mi voluntad de dedicación a la performance, al evento y al happening. Esos fueron los conocimientos que activaron mi deseo de desarrollar un arte ligado a la acción.</span><!--EndFragment--> </div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size:-webkit-xxx-large;"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size:-webkit-xxx-large;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:16px;"><br /></span></span></div>encontros à volta da performancehttp://www.blogger.com/profile/09378756741431098909noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8361177869174363298.post-50272817090389251762010-01-23T10:45:00.000-08:002010-01-23T10:54:59.615-08:00Andrea Pagnes & Verena Stenke PERFORMANCE ART<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRLq6ggGzjNZKTHH5oxlBb82knd6kTPuSBrMrjL1zR8KoV_lH5Kox-9WqZKf94RBiHXAk3vBTGcKA79U577q8bQJLUJ_tYAadzjqYBmIA2RFX6stF7HT9FbdrtRZfivKbRjEau2PdbK_it/s1600-h/Andrea+Pagnes+e+Verena+Stenke.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 184px; height: 133px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRLq6ggGzjNZKTHH5oxlBb82knd6kTPuSBrMrjL1zR8KoV_lH5Kox-9WqZKf94RBiHXAk3vBTGcKA79U577q8bQJLUJ_tYAadzjqYBmIA2RFX6stF7HT9FbdrtRZfivKbRjEau2PdbK_it/s320/Andrea+Pagnes+e+Verena+Stenke.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5430009488862671842" /></a><br /><!--StartFragment--> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:Helvetica, serif;"><b> <!--StartFragment--><span lang="IT" style=" ;font-family:Helvetica;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">- PERFORMANCE ART – THE </span><i><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">VestAndPage</span></i></b></span><span lang="IT" style=" ;font-family:Helvetica;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> EXPERIENCE</span></b></span><!--EndFragment--> </b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:Helvetica, serif;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Andrea Pagnes (Italia) & Verena Stenke (Almanha)</span></b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:Helvetica, serif;"><b><a href="http://www.vest-and-page.de/">http://www.vest-and-page.de</a></b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language:EN-GB;font-family:Helvetica;"><b>I.</b></span><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language:EN-GB;font-family:Helvetica;"> Performance Art is a “culture bound”. It must be related to the contest. After every performance we always ask ourselves what will be the next one.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language:EN-GB;font-family:Helvetica;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Georgia, serif;"><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language:EN-GB;font-family:Helvetica;">In our works we always attempt to express what we call <i>a translative poetry</i></span><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language:EN-GB;font-family:Helvetica;">. We conceive our projects investigating the concepts of beauty and fragileness, as well as the interface that exists between an action that just refers to itself, and the performance intended as a possible instrument to create or decipher a particular experience.</span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Helvetica, serif;">A performance, live or recorded, is life itself: it is primarily real.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Helvetica, serif;">We always try to act on memory activation, emotions, sentiments and the most intimate beliefs of who is participating.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language:EN-GB;font-family:Helvetica;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Georgia, serif;"><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language:EN-GB;font-family:Helvetica;"><b>II. </b></span><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language:EN-GB;font-family:Helvetica;">To achieve an inner “shifting”, a transfer of the Being to another dimension in his appearance, it is necessary to communicate differently - but thoroughly - through gesture or instinctual actions, establishing a relation between performer and spectator with no obligations or forced intentions. Actually, performer and spectator are interdependent between one each other, but, in different measure, always reciprocally impressionable.</span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Helvetica, serif;">Thus body and soul, movement and perception are evident proofs of reality, they are also a laboratory of memory and representation. Our poetry is valuable when we arrive to investigate territories where ethic and aesthetic find their common ground.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Helvetica, serif;">Impermanence, identity, transfer, emotions, denial, introspection, idealization, division of the inner Self and its intimate essence in relation to the others and the surroundings- to perform these concepts often means to move on the edge that separate the realm of reality from Utopia’s one.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language:EN-GB;font-family:Helvetica;">During a performance the many different sensorial perceptions shape an itinerary that evokes non ordinary stimulations, at the same time offering a whole range of information to awake the inner look, and realize what it may be the <i>ineffable</i></span><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language:EN-GB;font-family:Helvetica;"> that every man carries inside himself.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Helvetica, serif;">The (human) Being exists essentially for the interaction of three fundamental factors: the biological sphere, the social-ecological one, and the inter-psychic one.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language:EN-GB;font-family:Helvetica;">In the reality, when one or more of these areas gets in conflict with one each other, the human being, to protect itself from the loss of equilibrium and the crisis that follows, tries to find remedy by using defensive devices. Everyone does it. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Helvetica, serif;">Nevertheless, there is something inside each one of us that seems to be still impossible to define with precise words, but it exists and acts: someone calls it mystery, some others psychic-spiritual experience.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language:EN-GB;font-family:Helvetica;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Georgia, serif;"><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language:EN-GB;font-family:Helvetica;"><b>III. </b></span><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language:EN-GB;font-family:Helvetica;">When our senses allow us to go beyond the materialistic schemes of ordinary things, we activate a different scale of inter-connective messages and impulses, which – interacting between one each other – lead to achieve a more pure and non hyper-structured way of communication.</span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language:EN-GB;font-family:Helvetica;">Sounds and video images - that often represent the background of our <i>“minimal movements”</i></span><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language:EN-GB;font-family:Helvetica;"> and ritual actions – aim to generate and evoke associations and concrete modifications that refer to something “different”.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Helvetica, serif;">A ritual can activate and indicate different processes of social relation, provided that it is not invasive or constrictive: it is simply used like an invisible instrument of re-cognition.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Helvetica, serif;">Inside his own Self, everyone realizes how much humble, harmonious, non-a-critic, passive he can be- and is.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Helvetica, serif;">Remembrances, ideas, actions and interventions: when they find a common space to flow together, they can give birth to an experience both individual and collective at the same time. An experience that is civil, social, primarily poetical as part of a creative intention, that is finally the result of an aesthetic course which carries within clearness and significance.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language:EN-GB;font-family:Helvetica;"><b>IV.<span style="mso-spacerun: yes"> </span></b></span><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language:EN-GB;font-family:Helvetica;">A poetic action often interferes with the limits of human abilities, objective or subjective. A prolonged effort can efficiently test these limits, once it is guided by consciousness, patience and decisional ability of the performer.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Helvetica, serif;">In this way we create a flux of lasting energies throughout physical and real images that the body – being inside a given space – implements in a fixed period of time.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language:EN-GB;font-family:Helvetica;">The “becoming” itself turns to be a practice aimed to research new codes of expression and relation, so that possible truths and reality can interfere.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Helvetica, serif;">Images produced by mind, dreams or visions, change throughout clear physical actions, and - as mediators of the ineffable - they become pure impressionable sensuality.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Helvetica, serif;">More than the five human senses, the heart is the foremost sensor that allows us to look inwardly and profoundly to get a more pure and concentrated perception of the things.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Helvetica, serif;">To understand is a question of profound feeling and harmonic flow of energies: it represents the extreme limit of the artistic process; as well as, in the same way, it happens when an intuition occurs for the activation of the memory – may it be genetic, collective or individual.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="IT"> <o:p></o:p></span></p> <!--EndFragment-->encontros à volta da performancehttp://www.blogger.com/profile/09378756741431098909noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8361177869174363298.post-33790169281029954532010-01-23T10:20:00.000-08:002010-01-23T10:55:30.648-08:00Jerzy Grotowski - PERFORMER<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi_93NWO5mty-zc8J3e91Sm8zM6yKWwg3grpvDR8i5e7zCCohUNqkMEIxUZELtw_b-el8OWC9b2WT-hw2YLkbgWbwzpuDbKdRldux1Eem71qNtq1skftn7TaNyAECvtv-I0rF3cl778pUL/s1600-h/jerzygrotowski1.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 281px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi_93NWO5mty-zc8J3e91Sm8zM6yKWwg3grpvDR8i5e7zCCohUNqkMEIxUZELtw_b-el8OWC9b2WT-hw2YLkbgWbwzpuDbKdRldux1Eem71qNtq1skftn7TaNyAECvtv-I0rF3cl778pUL/s320/jerzygrotowski1.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5430003563965012130" /></a><br /><!--StartFragment--> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" style="font-size:6;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:19px;"><b></b></span></span></p><span class="Apple-style-span" style="font-size:6;"><b><p class="MsoNormal" align="right" style="text-align: left;"> <!--StartFragment--><span lang="PT-BR" style=" ;font-family:'Times New Roman';color:black;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Jerzy Grotowski <span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><i>(1990)</i>(Polónia)</span></span></span><!--EndFragment--></p><p class="MsoNormal" align="right" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><i> <!--StartFragment--><span lang="PT-BR" style="Times New Roman";mso-ansi-language:PT-BRfont-family:";font-size:12.0pt;color:black;">Translated by Thomas Richards e João Garcia Miguel</span><!--EndFragment--></i></span></span></p><p class="MsoNormal" align="right" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style=" font-weight: normal; font-size:16px;"><span lang="PT-BR" style="color:black;"><i><span style="mso-tab-count:1"> </span>Performer</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;">, com letra maiúscula, é um homem de acção. Ele não é alguém que faz de outro. Ele é um fazedor, um sacerdote, um guerreiro: está fora dos géneros estéticos. Ritual é performance, uma acção conseguida, um acto. Ritual degenerado é um espectáculo. Eu não procuro descobrir algo novo, mas algo esquecido. Algo tão antigo que todas as distinções entre géneros estéticos deixem de ser necessárias.</span></span></p></b></span><p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="color:black;"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Sou um <i>professor do Performer</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;"> (falo no singular: do <i>Performer</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;">). Um professor – como<span style="mso-spacerun: yes"> </span>no artesanato -<span style="mso-spacerun: yes"> </span>é alguém através do qual o conhecimento está a ser passado; o conhecimento deve ser recebido, mas a forma do aprendiz o reconhecer só pode ser pessoal. E como é que o professor, ele próprio, chega ao saber do conhecimento? Por iniciação, ou por roubo. <i>Performer </i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;">é um estado do ser. Um homem de conhecimento, podemos falar dele referenciando os romances de Castaneda, se gostarmos de romantismos. Eu prefiro pensar em Pierre de Combas. Ou até deste Don Juan, descrito por Nietzsche como um rebelde para quem o conhecimento se apresenta como um dever; mesmo se os outros não o amaldiçoassem, ele sentir-se-ia um desafiador/reformador, um fora da lei. Na tradição Hindu fala-se de <i>vratias </i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;">(hostes de rebeldes). <i>Vratia </i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;">é alguém que está no caminho de conquistar o conhecimento. Um homem de conhecimento (czlowiek poznania) tem ao seu dispor <i>o fazer</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;"> e não ideias ou teorias. O verdadeiro professor – o que é que ele faz pelo aprendiz? Ele diz: <i>faz</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;">. O aprendiz luta para perceber, para reduzir o desconhecido ao conhecido, para evitar fazer. No próprio facto de querer perceber, ele resiste. Ele apenas pode perceber depois de <i>fazer.</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;"> Ele <i>fá-lo</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;"> ou não. Conhecimento é uma questão de <i>fazer. </i></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="font-size:14.0pt;color:black;"><b>Perigo e sorte</b></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="color:black;"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Quando eu uso o termo: guerreiro, talvez vos remeta para Castaneda, mas todas as escrituras falam do guerreiro. Podem encontrá-lo na tradição Hindu bem como na Africana. Ele é alguém que está consciente da sua própria mortalidade. Se é necessário confrontar-se com cadáveres, ele confronta-os, mas se não é necessário matar, ele não mata. Entre os Índios do Novo Mundo dizia-se que entre duas batalhas, <i>o guerreiro tem um coração suave, como o de uma jovem rapariga.</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;"> Para conquistar o conhecimento ele luta, porque a pulsação da vida torna-se mais forte e mais articulada em momentos de grande intensidade, de perigo. O perigo e a sorte caminham juntos. Não se tem classe a não ser em frente ao perigo. No momento do desafio surge a ritmização dos impulsos humanos. Um Ritual é um momento de grande intensidade; intensidade provocada; a vida torna-se, então, ritmo. <i>Performer</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;"> sabe conectar os impulsos corporais à melodia. (A corrente de vida deve ser articulada em formas.) As testemunhas entram, então, em estados de intensidade porque,<span style="mso-spacerun: yes"> </span>por assim dizer, elas sentem a sua presença. E, isto é graças ao <i>Performer</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;">, que é uma ponte entre a testemunha e este algo. Neste sentido, <i>Perfomer</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;"> é <i>pontifex</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;">, fazedor de pontes.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="color:black;"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Essência: etimologicamente, é uma questão de ser, <i>ser sendo</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;">. Essência interessa-me porque nada nela é sociológico. É aquilo que não se recebeu dos outros, o que não veio do exterior, o que não é aprendido. Por exemplo, consciência é algo que pertence à essência; é diferente do código moral que pertence à sociedade. Se quebrarmos o código moral sentimo-nos culpados, e é a sociedade que fala em nós. Mas, se actuarmos contra a consciência, sentimos remorsos – isto é entre ti e o teu ser e não entre ti e a sociedade. Porque quase tudo o que possuímos é sociológico, a essência parece-nos ser algo com pouca importância, mas é nossa. Nos anos setenta, no Sudão, ainda havia jovens guerreiros nas vilas de Kau. Para o guerreiro com total organicidade, o corpo e a essência podem entrar em osmose: parece impossível dissociá-los. Mas este não é um estado permanente; não dura muito. Nas palavras de Zeami, é a <i>flor da juventude</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;">. No entanto, com a idade, é possível passar de um <i>corpo-e-essência</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;"> para um <i>corpo de essência</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;">. Isto acontecerá como resultado de uma difícil evolução,<span style="mso-spacerun: yes"> </span>de uma transmutação pessoal, que é de alguma forma a tarefa de todos nós. A pergunta chave é: Qual é o seu processo? És fiel a ele ou lutas contra o teu processo? O processo é como que o destino de cada um, o seu próprio destino, que se desenvolve dentro do tempo (ou apenas lá permanece – e é tudo). Então: <i>Qual é o nível de submissão</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;"> ao teu próprio destino? Cada um pode conectar-se com o seu processo se aquilo que fizer for manter-se próximo de si mesmo, se <i>não odiar aquilo que faz</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;">. O processo está conectado com a essência e leva-nos virtualmente ao <i>corpo de essência</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;">. Quando o guerreiro está num curto período de osmose <i>corpo-e-essência</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;">, deverá conectar-se com o processo. Ajustado ao processo, o corpo torna-se não resistente, quase transparente. Tudo estará iluminado, em evidência. Com o <i>Performer, </i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;">a performance<i> </i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;">consegue tornar-se próxima do processo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="color:black;"><span class="Apple-style-span" style=" font-weight: bold; font-size:19px;">O Eu-Eu</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="color:black;"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Pode ler-se nos textos antigos: <i>Nós somos dois.</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;"> <i>O pássaro que debica e o pássaro que observa. Um morrerá, um viverá.</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;"> Ocupados com o alimento, embriagados com a vida dentro do tempo, esquecemo-nos de <i>fazer viver</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;"> a parte de nós que observa. Por isso, há o perigo de existir apenas dentro do tempo, e de forma nenhuma fora dele. Sentir-se observado por esta outra parte de si próprio (a parte que está como que fora do tempo) dá-nos outra dimensão. Há um Eu-Eu. O segundo Eu é quase virtual; não é um – em si – olhar dos outros, nem qualquer julgamento; é como um olhar imóvel: uma presença silenciosa, como o sol que ilumina as coisas – e é apenas isto. O processo apenas pode ser conseguido somente no contexto desta presença constante. Eu-Eu: na experiência, o duplo não aparece separado, mas como uma unidade, única.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:36.0pt"><span lang="PT-BR" style="color:black;">No caminho o <i>Performer</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;"> – apercebe-se da essência durante a osmose com o corpo, e depois trabalha-a no processo; ele desenvolve o Eu-Eu. A presença observadora do professor pode por vezes funcionar como um espelho da conexão Eu-Eu (pois esta junção pode ainda não ter sido encontrada). Quando o canal Eu-Eu é encontrado, o professor pode desaparecer e o <i>Performer</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;"> continua em direcção ao <i>corpo de essência</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;">; isto pode ser – para alguém – como aquilo que se observa na fotografia de Gurdjieff, velho, sentado num banco de jardim em Paris. Da fotografia do jovem guerreiro de Kau até à de Gurdjieff acontece a passagem de <i>corpo-e-essência </i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;">ao <i>corpo de essência</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;">.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:36.0pt"><span lang="PT-BR" style="color:black;">Eu-Eu não significa estar dividido em dois, mas ser-se duplo. A questão é ser-se passivo na acção e activo na observação (reverter o hábito). Passivo: estar receptivo. Activo: estar presente. Para nutrir a vida do Eu-Eu, o <i>Performer</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;"> deve desenvolver, não um organismo-matéria, um organismo de músculos, atlético, mas um organismo-canal através do qual as energias circulam, as energias se transformam e o subtil é tocado.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:36.0pt"><span lang="PT-BR" style="color:black;">O <i>Performer</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;"> deve fundar o seu trabalho numa estrutura precisa – fazendo esforços, porque a persistência e o respeito pelos detalhes são o rigor que permitem tornar presente o Eu-Eu. As coisas a fazer devem ser precisas. <i>Não improvise, por favor</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;">! É necessário encontrar as acções, simples, tendo, no entanto, o cuidado de que elas sejam dominadas e que perdurem. Se não, elas não serão simples, mas banais.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="color:black;"><span class="Apple-style-span" style=" font-weight: bold; font-size:19px;">Aquilo de que me recordo</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="color:black;"><span lang="PT-BR" style="color:black;">Um dos acessos ao caminho criativo consiste em descobrir dentro de si uma antiga corporalidade à qual se esteja ligado por uma forte relação ancestral. Por isso não se está no personagem nem no não-personagem. Começando pelos pormenores pode descobrir em si um outro – o seu<span style="mso-spacerun: yes"> </span>avô, a sua mãe. Uma fotografia, uma memória de rugas, o eco distante de uma cor da voz possibilita a reconstrução de uma corporalidade. Primeiro, a corporalidade de alguém conhecido, e depois cada vez mais e mais distante, a corporalidade de um desconhecido, o antepassado. Será literalmente o mesmo? Talvez não literalmente – mas talvez, como poderia ter sido. Poderá chegar bastante atrás, como se a sua memória acordasse. Este é o fenómeno da reminiscência, como se recordássemos o <i>Performer</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;"> do ritual primordial. Cada vez que descubro algo, tenho a sensação de que é aquilo que me recordo. As descobertas estão no passado e nós devemos viajar atrás para as alcançar. Com essa descoberta – como que regressando de um exílio – pode alguém tocar alguma coisa que não está ligada aos inícios, mas – e atrevo-me a dizê-lo – <i>ao inicio</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;">? Eu acredito que sim. Será a essência o passado escondido da memória? Não faço ideia. Quando eu trabalho próximo da essência, tenho a sensação que a memória se actualiza. Quando a essência é activada, é como se fossem também activadas fortes potencialidades. A reminiscência é talvez uma dessas potencialidades.</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="color:black;"><span class="Apple-style-span" style=" font-weight: bold; font-size:19px;">O homem interior</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="color:black;">Cito:</span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:36.0pt;text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="color:black;">Entre o homem interior e o homem exterior existe a mesma diferença infinita que entre o céu e a terra.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:36.0pt;text-align:justify;text-indent:36.0pt"><span lang="PT-BR" style="color:black;">Quando estava na minha primeira causa, eu não tinha Deus, eu era a causa de mim. Aí ninguém me perguntava para onde eu tendia, nem o que estava a fazer; não existia ninguém que me questionasse. O que eu quisesse, eu era, e o que eu era, eu queria; estava livre de Deus e de tudo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:36.0pt;text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="color:black;">Quando saí para fora (fluí para fora) todas as criaturas falavam de Deus. Se alguém me perguntasse: - Irmão Eckhart, quando é que saíste de casa? – Eu estava ali há um momento atrás, eu era eu mesmo, eu queria-me a mim mesmo e conhecia-me a mim mesmo, para fazer o homem (que aqui por baixo eu sou). É por isso que eu estou por nascer, e pela minha condição de não nascido, eu não posso morrer. O que eu sou pelo meu nascimento morrerá e desaparecerá, porque é dado ao<span style="mso-spacerun: yes"> </span>tempo e deteriorar-se-á com o tempo. Mas com o meu nascimento também nasceram todas as criaturas. Todas elas sentem a necessidade de ascender da sua vida para a sua essência.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:36.0pt;text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="color:black;"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Quando eu regressar, esta descoberta é muito mais nobre do que a minha saída. Nessa descoberta – lá, eu estou acima de todas as criaturas, nem Deus, nem criatura; eu sou o que eu era, e assim devo permanecer agora e para sempre. Quando eu chegar – lá, ninguém me perguntará de onde eu vim, nem onde eu estive. Lá eu sou quem era, não aumento nem diminuo, porque sou – lá, uma causa imóvel, que faz mover todas as coisas.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="PT-BR" style="color:black;"><span lang="PT-BR" style="color:black;">Nota (que acompanhou o texto “Performer” na brochura publicada pelo Workcenter em Pontedera, Itália): Uma versão deste texto – baseada numa conferência dada por Grotowski – foi publicada em Maio 1987 pela <i>Art-Press</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;"> em Paris, com o seguinte comentário por Geoges Banu: “O que eu proponho aqui não é uma gravação, ou um sumário, mas sim notas tiradas cuidadosamente, o mais próximas possíveis das fórmulas de Grotowsky. Deverão ser tomadas como indicações para uma trajectória e não como os termos de um programa, nem como um documento – acabado, escrito, encerrado.” O texto foi re-trabalhado e aumentado por Grotowsky para a presente publicação. Identificar <i>Performer</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;"> com os participantes do Workcenter seria um abuso do termo. A questão está apenas ligada aos vários casos de aprendizagem, de toda a<span style="mso-spacerun:yes"> </span>actividade de “professor de <i>Performer</i></span><span lang="PT-BR" style="color:black;">”, em que esta raramente ocorre.</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><br /></p>encontros à volta da performancehttp://www.blogger.com/profile/09378756741431098909noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8361177869174363298.post-29112338733758647212010-01-23T10:03:00.000-08:002010-01-23T10:55:55.456-08:00Bartolomé Ferrando - De mi proceso de creación de performances<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPEqHqZ880nPbLThPA7JMDaRmHqEDvA1Gl3lIMEHPHJXe0DHQ4wvH4bf-KhwkrUf_c_EqGQIMnosLi27naK3zMSUYYhcWVQ3fqQlZwmnJ01UKUS0TlCSWOtyHBLiKEJy4usRiVVsrhevk0/s1600-h/BartolomeFerrando.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPEqHqZ880nPbLThPA7JMDaRmHqEDvA1Gl3lIMEHPHJXe0DHQ4wvH4bf-KhwkrUf_c_EqGQIMnosLi27naK3zMSUYYhcWVQ3fqQlZwmnJ01UKUS0TlCSWOtyHBLiKEJy4usRiVVsrhevk0/s320/BartolomeFerrando.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5430000655309714658" /></a><br /><div><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Times, serif;">Bartolomé Ferrando (Spain)</span></div><div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:Times, serif;"><a href="http://www.bferrando.net/">http://www.bferrando.net</a></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:Times, serif;"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:Times, serif;"> <!--StartFragment--> <p class="MsoNormal"><span lang="PT">En muchas ocasiones he reflexionado acerca del procedimiento creativo. He procurado leer abundantes textos y notas de grandes artistas, los cuales me han llamado la atención y me han interesado la mayoría de las veces, aún cuando tuvieran poco o muy poco que ver con la performance. Pero es la primera vez que escribo alguna cosa acerca de mi propio método, que utilizo para la enseñanza hace ya tiempo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT">Hablar de mis propias performances exige para mí subrayar el aspecto poético de las mismas, su desplazamiento asimétrico hacia lo poético. Para crear una performance parto a veces de una imagen poética determinada; de una imagen que me sorprende, que me desplaza, que me conecta de otro modo con los hechos, las situaciones, los cuerpos. Desvío la imagen; la transformo; me desplazo a otra área, dejando la primera en su punto de origen. En ocasiones el resultado es positivo y encuentro fácilmente un modo de resolver ese desplazamiento de forma concreta: hallo un objeto, un cuerpo o una situación que concretiza la nueva imagen; otras veces, en cambio, el proceso se bloquea y no encuentro la manera de obtener un resultado concreto. En ese caso abandono el proceso y no intento ir más allá. Pero también haré mención de un segundo punto de partida derivado del método utilizado en los talleres de creación y basado en las ideas expuestas por el fluxus Robert Filliou en sus escritos sobre arte y en sus comentarios sobre las prácticas de creación llevadas a cabo con estudiantes en Islandia: es el material el que me da la idea, y no al contrario, escribe Filliou. Un material simple, común, cualesquiera, que propongo utilizar en los talleres de performance de modo inusual, fuera de todo orden propio, como nunca uno recuerda haberlo tratado con anterioridad. El encuentro con las cosas resulta entonces sorprendente; es todo un acontecimiento nuevo; una experiencia hasta entonces desconocida que en ocasiones te abre el camino de un proceso de creación, allí donde nunca antes habías llegado, y te sitúa en un emplazamiento extraño, inusual, pero tratando con un objeto o elemento que conoces sobradamente, y que has utilizado en infinidad de ocasiones de un modo único.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT">Cuando obtengo algún resultado por alguno de los métodos mencionados, lo escribo en papel aparte y lo guardo junto a las anotaciones obtenidos en cualquier otra ocasión. Los dejo estar a veces mucho tiempo, como me enseñó Joan Brossa, como si las imágenes tuvieran que asentarse necesariamente; que consolidarse. Yo también creo que sucede así ya que a veces lo que se te ha ocurrido un día te parece ausente de interés al día siguiente, y en cambio, cuando lo vuelves al leer al cabo de cierto tiempo, parece que lo escrito recobre algo de su interés inicial. Así es como obtengo una idea, o un punto de partida, tras volver a leer una y mil veces aquellas anotaciones, algunas de las cuales hice muchos años atrás.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT">Entonces, cuando dispongo de una idea concreta, procuro darle forma: le quito aquello que no me interesa o busco añadir algún elemento a lo que había obtenido inicialmente. Y lo que añado lo obtengo casi siempre analógicamente a partir de alguno de los elementos o datos contenidos en la idea inicial, o bien descubro que alguna otra idea, a veces obtenida mucho tiempo atrás y que en principio no tenía nada que ver con ésta, tiene su interés de pronto cuando las pongo en contacto, cuando las relaciono, cuando provoco una interferencia, un cruce. Entonces la utilizo.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT">Pero en su combinatoria intento reducir al mínimo los elementos empleados, buscando de este modo eliminar lo superfluo y concentrar la atención en unas pocas cosas, evitando así la pérdida de energía y mostrando a su vez los detalles y diferencias de los componentes escogidos. A veces reducir al mínimo no resulta tarea fácil; en ocasiones, cuando la amalgama de datos se hace inseparable, cuando los elementos están demasiado entrelazados.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT">Considero muy importante llegar a este punto y disponer de una idea materializada y condensada. Muchas veces intento para mí que esa idea pueda enunciarse en una sola palabra; y así, por ejemplo me digo a mí mismo que la acción que estoy creando versa sobre la acumulación, la densidad, la verticalidad, la pérdida, la desconsideración, o la disolución por ejemplo. Esta operación de intentar enunciar el núcleo de la performance mediante una sola palabra, me facilita y me ayuda a la eliminación de todo aquello que pudiera ser innecesario para el desarrollo de la misma. La idea, creo, debería poder enunciarse así, en un solo vocablo, ajena al discurso. Así es como pido a un estudiante que me hable de su acción: le pregunto acerca de su idea e incluso a veces de cuál ha sido el punto de partida para la obtención de ésta. Es como una especie de test de su performance; como algo cuya presencia, creo, debería ser exigible. Una idea determinada, como fundamento de su intervención, a la que considero en muchos casos mucho más relevante que la realización concreta de la acción misma. Una idea que hace innecesario el componente espectacular de una acción. Una idea que no es todavía más que un punto de partida; más que un punto de arranque de la performance, que necesitará tener en cuenta para su desarrollo otros componentes como la consideración del espacio, el tratamiento del tiempo o el distanciamiento de la noción de representación, que tratamos a continuación.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT">Hablar del espacio en la performance es algo exigible como necesario. Un espacio que el performer escoge entre muy diversas opciones y que debería sentirse como algo integrado a la acción; como una especie de prolongación del cuerpo que interviene. En mi opinión, el espacio escogido se convierte en signo y entra a formar parte de la trama semántica. El espacio dirá tanto como el cuerpo en infinidad de ocasiones, y estará determinado por la elección o elecciones que hayamos hecho. Podremos escoger, por ejemplo, un lugar fijo, concreto; un lugar en el cual se vaya a desarrollar toda la actuación, como yo suelo hacer en muchos casos; o bien podremos considerar que la elección de dos lugares distintos, relacionados entre sí, es lo más conveniente para la exposición práctica de la idea. Resulta evidente que el desarrollo de la acción contendrá diferencias muy notables, según se considere uno u otro espacio, determinando la actuación misma y configurando tanto la percepción del performer como la del receptor. Y así, no tendrá nada que ver la lectura visual y/o acústica de un punto fijo predeterminado con la observación de un espacio dual en la que el performer interviene de forma alternativa.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT">El espacio es un material, no un vacío, decía Nicolás Schöffer al hablar de sus esculturas cinéticas. Un espacio que puede quedar materialmente definido tanto por el movimiento del performer, por la iluminación producida por un foco emisor cualquiera, o por el conjunto de elementos objetuales combinados que intervienen en la acción misma. De este modo, el desplazamiento del performer a lo largo de una línea de recorrido, marca el espacio tanto como las posibles señales de luz producidas por una serie de velas encendidas situadas en ese mismo recorrido o por las generadas al dejar caer, por ejemplo, una serie de objetos diversos a lo largo de la trayectoria en cuestión. Y este espacio ya determinado no sería sólo un lugar en donde el performer se desplaza y ocupa sucesivamente, sino que debía ser sentido como materia, como cuerpo, equivalente al cuerpo del performer que allí interviene. Y para facilitar esta relación perceptiva realizo una especie de ejercicio mental que comunico y propongo a los estudiantes cada vez que hablo de la performance: trato de establecer un contacto de igual a igual con el objeto, evitando que éste sea tratado como un utensilio al servicio de mi propia acción. Trato de relacionarme con las cosas considerándolas al mismo nivel que mi cuerpo-materia: yo soy tan objeto como el objeto con el que me relaciono en la acción. Si una hoja de papel interviene en mi pieza, por ejemplo, y procuro sentirme tan hoja de papel como ella. De ese modo provoco una relación distinta y facilito la captación del espacio envolvente como materia, como cuerpo.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT">Pero el espacio podrá ser tratado de maneras muy diversas. Ya he hablado de que la iluminación por cualquier tipo de foco emisor, marca o determina un espacio; y también del hecho de señalar o de apropiarse de un recorrido realizado o a realizar como lugar de desarrollo de la acción. Pero haré mención también de la posibilidad de hacer uso de diversos espacios simultáneos, al modo de algunas intervenciones futuristas, cuando existan, naturalmente, los medios y condiciones de actuación conjunta con otra u otras personas a la vez, desarrollando acciones independientes unas de otras, extrañas entre sí, o en todo caso, provistas de un frágil nexo que las una. A este respecto, recuerdo una frase de Mario Merz que decía: Un árbol y un bosque ocupan el mismo tiempo pero distinto espacio. Estaríamos tratando de esto tal vez: de la conjunción entre un árbol y un bosque.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT">Haré mención también de la posibilidad de intervención en un espacio situado en el interior de otro; bien sea mediante un proceso de descubrimiento de uno en el interior otro, como, por ejemplo, mediante la manipulación de una caja o de un recipiente en cuyo interior propiamente se lleva a cabo la acción misma, o bien mediante una performance en la que el cuerpo del sujeto se desplazará de un espacio a otro espacio contenido en el mismo, marcado tal vez por una iluminación distinta o por algún otro tipo de señal, en el que desarrollará la parte más esencial de su intervención tras deslizarse de uno a otro. Siempre he considerado de interés el tratamiento de un espacio mínimo, concentrado, focalizado. Me da la impresión que, al hacer uso de una dimensión reducida, se produce un doble efecto: en primer lugar se provoca cierta concentración general de la atención, pero además se produce y manifiesta un alejamiento de la idea de espectáculo, que, en mi opinión, nada tiene que ver con la noción de performance.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT">Pero vuelvo de nuevo a Mario Merz y diré con él que el espacio está controlado por el tiempo. Por un tiempo que habrá que tratar y tener en cuenta a la hora de hacer, de construir, de articular una acción determinada.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT">Para Gutai, lo importante en el arte de acción era hacer perceptible el espacio y el tiempo. Hacerlo perceptible, tanto al otro, al receptor, como al propio performer. Y así, en este orden de cosas, tal vez se hace más perceptible el factor tiempo cuando éste se muestra y advierte de forma discontinua, fragmentaria, interrumpida; cuando se evita la exposición de lo narrativo; cuando no se relata ni se describe nada. En realidad yo entiendo el arte de la performance ajeno al ejercicio de lo narrativo. No hay nada que contar ni decir al otro. Se trata, a mi parecer de articular fragmentos, insinuaciones, apuntes, notas, que vistas en su conjunto carecen de sentido, pero que, en palabras de Josette Féral generan sentido. Y repito, tal vez sea esa fractura del discurso lo que nos permita captar con mayor inmediatez, el factor tiempo.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT">Yo intento además, al crear una performance, que la dimensión temporal esté provista de su duración real; que cuando leamos un texto, o nos sentemos en una silla, el tiempo de lectura o el del hecho de sentarse sean equivalentes al empleado en una circunstancia común, y que se advierta como tal, en interferencia y cruce con otros gestos o movimientos, provistos igualmente de su propia duración.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT">Pero a veces la estructura de la acción podría ser abierta y el factor de tiempo podría mostrarse indeterminado. Podría tratarse de una performance que no tiene un comienzo o un fin determinado y dispone por tanto de una duración imprevisible. Yo tengo en cuenta esta posibilidad aunque hasta el momento nunca la haya usado en mis propias acciones. Una duración imprevisible posibilita que la performance o el happening no llegue a realizarse nunca o que tal vez no se sepa cuando ha alcanzado su fin y hasta si ha llegado a finalizar.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT">Añadiré además la posibilidad de utilizar las imágenes pregrabadas de algún acontecimiento o hecho, como parte constituyente de la propia acción. El registro en vídeo del proceso de alguna cosa que da cuenta de su carácter virtual. Tiempo virtual diríamos, articulable y relacionable con el tiempo real de desarrollo de la acción misma. Tiempo virtual que personalmente me exijo esté perfectamente tramado con el tiempo virtual y, a su vez, con un tercer componente temporal: el tiempo mental que menciona la performer Concha Jerez cuando habla o escribe sobre sus propias acciones.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT">Pero una performance podría ser brevísima o tener una gran duración. Podría durar tan sólo un instante o prolongarse mucho en el tiempo. No hay nada predicho cuando iniciamos el desarrollo de una idea de acción. Y esa duración podrá desarrollarse de forma lineal o adoptar tal vez una configuración en círculo, cuando queramos que el proceso vuelva a reproducirse un número determinado de veces o, en otras palabras, cuando queramos que cierto ejercicio repetitivo se instale en el interior de la performance. Desarrollamos entonces alguna operación concreta y volvemos de nuevo al punto inicial para reproducir de nuevo el recorrido que acabábamos de realizar. Para la filosofía china el tiempo era a la vez lineal y circular. Tal vez habría que considerar más a menudo esta conjunción de tiempos y tratar de incorporar un mayor número de intervenciones repetitivas en el centro de la propia acción. Y decimos además que esa repetición la podemos hacer a velocidades distintas: el círculo se producirá en cada ocasión, pero se construirá más pequeño o más grande que el desarrollado en el momento inmediato anterior.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT">En el tratamiento del componente tiempo tengo en cuenta además la posibilidad de intervenir de forma simultánea con otra persona que lleva a cabo una acción distinta o conmigo mismo, en el caso de construir una acción la que utilice un registro personal de imagen o sonido, o de ambos al mismo tiempo, combinando tiempo real con tiempo real en el primer caso o tiempo real con tiempo virtual en el segundo, y generando en ambos un tiempo denso, en el que transcurren diversos acontecimientos a la vez y provocando un encabalgamiento perceptivo que pudiera tener interés para la creación de algunas performances.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT">Añadiré finalmente algunos otros modos de utilización del factor temporal como el anuncio de la realización de una acción en el que se dice se llevará a cabo tal o cual performance a cierta hora en un lugar determinado; los relativos a la utilización de la pausa, de la cesura, de la interrupción de una acción durante el desarrollo de la misma, en la que el tiempo transcurre sin intervención alguna del performer; o incluso, en otro orden de cosas, la posibilidad de intervenir conjuntamente con otra persona que desarrolla el proceso inverso de lo que uno está haciendo, combinando tiempos invertidos de producción o de ejecución de una determinada acción.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT">Y en cuanto al alejamiento de la noción de representación a la que aludíamos al principio del texto, diré en primer lugar que me parece un requisito necesario a toda performance. Considero que uno de los aspectos creativos más fundamentales de este arte intermedia es el desarrollo de una vía ajena a cualquier práctica específica concreta, como es, por ejemplo, el teatro. Y es precisamente el distanciamiento para con el hecho teatral lo que obliga a la performance a indagar en un terreno en el que la representación no tenga lugar o al menos se evite en lo posible.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT">Representar significa copiar alguna cosa; reproducir algo anteriormente conocido quizá por unos pocos, o tal vez colectivamente, y volverlo a mostrar evocando el acontecimiento anterior, rememorándolo. Y toda representación contiene y conlleva un condicionamiento producido por la realidad evocada. Y añadiremos que cuando la representación se manifiesta con más fuerza en una situación, se provoca una disminución de la capacidad de imaginar por parte de aquellos que están viviendo esa situación concreta.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT">Pero el distanciamiento de la aplicación de la representación a un hecho, a un acontecimiento o a una performance, como ahora tratamos, es siempre relativo. Considero que toda circunstancia o quehacer es siempre necesariamente representativo; conlleva inserto en sí mismo, podríamos decir, un factor de representación. Y no sólo eso sino que toda nominación -dirá Julia Kristeva- es una representación. Bastará pues nombrar, y no digamos mostrar alguna cosa, para que el mero enunciado o la simple relación con un objeto evoquen un acontecimiento o una situación concreta. Y así quisiera afirmar, que cuando hablo del alejamiento de la idea de la representación en la creación de una performance, no me refiero a la exclusión del enunciado o a la negación obligada de la presencia de algún objeto en la misma, sino más bien al interés en que dicha acción mantenga un cierto distanciamiento de la trama lógica, del discurso de la narración. En consecuencia, intentaría y procuraría atender ante todo a la sintaxis, a la articulación de los componentes en la misma, que constituirán en sí mismos el ropaje de la idea inicialmente obtenida.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT">Y diré para terminar que el engranaje fragmentario de que tratan mis performances, contendrá necesariamente, ya lo he dicho, una idea central en torno a la cual coordinaré las diversas operaciones o acciones mínimas, que se manifestarán ilógicas entre sí, ajenas como hemos dicho al discurso de lo narrativo. Pero la manera de disponerlas, de emplazarlas, de situarlas en el tiempo, provocará una mayor o menor ambigüedad en la performance concreta que estemos creando. La ambigüedad es un hecho puramente sintáctico, dirá Todorov. Y es sabido además que un alto grado de ambigüedad es capaz de permitir o de facilitar una interpretación múltiple de una acontecimiento concreto. No obstante, personalmente, al tratar el proceso creativo de una performance, diré que utilizo un nivel bajo de ambigüedad, aunque en ningún caso facilito la evidencia o la transparencia de la idea. Cada cual escoge el grado de ambigüedad que le parece más apropiado para la creación. Yo trato de provocar un nivel reducido de posibles interpretaciones pues creo que, de este modo, evito en parte la perplejidad o la excesiva indeterminación que nunca han sido de mi agrado.</span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT">Así finalizo la exposición en la que he intentado delimitar y exponer con claridad los diversos componentes que utilizo en la creación de una performance, en espera de que puedan generar cierta discusión y debate.</span></p> <!--EndFragment--> </span></div></div>encontros à volta da performancehttp://www.blogger.com/profile/09378756741431098909noreply@blogger.com0